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Piauiense vence eleição da OAB nacional

Vitória de Marcus Vinicius Coêlho pelo voto indireto representa derrota para SP, que não tem representante na chapa

Novo presidente não comenta ataques sofridos em campanha, na 1ª eleição com duas chapas em 15 anos

FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA

O advogado Marcus Vinicius Furtado Coêlho, 41, foi escolhido na noite de ontem, em eleição indireta, o novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), após uma disputa marcada por polêmicas e trocas de acusações. Ele ocupará o cargo pelos próximos três anos.

Coêlho foi secretário-geral na Ordem na presidência de Ophir Cavalcante e, após 15 anos de eleições sem disputa, enfrentou Alberto de Paula Machado, vice-presidente da gestão que chegou ao fim.

Votaram 81 conselheiros federais da instituição, representantes das 27 unidades da Federação. O presidente eleito recebeu 64 votos, ante 16 para Machado. Houve somente um voto em branco.

Não houve debates ao longo da campanha, repleta acusações entre partidários de cada um deles e por relatos de supostas irregularidades sobre a trajetória de integrantes das duas chapas.

Nos bastidores, partidários da chapa derrotada tentaram vincular, por exemplo, o nome de Marcos Vinicius Coêlho ao senador José Sarney (PMDB-AP), por ele já ter advogado para o atual presidente do Senado.

Também levantaram uma ação de improbidade contra Coêlho (por supostamente não ter prestado serviços de advocacia contratado por uma prefeitura no Piauí), que foi rejeitada na primeira instância, mas que está em fase de recursos.

O resultado das eleições da OAB Nacional representa uma derrota aos advogados de São Paulo, que não tem representante na diretoria.

O processo eleitoral durou cerca de duas horas. Assim que o placar atingiu 41 votos para Coêlho, gritos de "Marcus, Marcus, Marcus", tomaram conta do plenário da sede da OAB, em Brasília.

Ao fim da votação, o advogado afirmou que sua gestão se concentrará na defesa das "grandes causas da República", como a reforma política, e a "valorização dos advogados brasileiros". "A defesa é tão importante quanto a acusação. É isso que a OAB precisa dizer, para o bem da moralidade pública, da segurança jurídica. Precisamos prestigiar o direito de defesa no nosso país".

Coêlho não quis comentar sobre os ataques sofridos durante a campanha. "Passo uma borracha em cima. A partir de agora, não há mais vencedores e vencidos." Ele tomará posse hoje de manhã.


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