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Análise

Deputado já desafiou o Planalto, mas sua eleição não deve preocupar o governo

DANILO BUSCATTO MEDEIROS ESPECIAL PARA A FOLHA

Considerando que à presidência da Câmara cabe coordenar os trabalhos legislativos, o que esperar da provável eleição de Henrique Alves, deputado com mais mandatos consecutivos na Casa?

Desde que o partido integra a base governista, a troca de farpas com o Planalto ocorre de tempos em tempos. O principal responsável pelas últimas contendas públicas foi justamente ele.

Dois episódios merecem destaque: a insatisfação com a ameaça de exoneração de membro do seu partido da direção-geral do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca e as divergências com o governo em relação a pontos específicos da votação do Código Florestal.

Esse cenário permite pensar que a eleição de Alves pode atrapalhar a agenda governista, mas seu comportamento como líder do PMDB não corrobora essa interpretação.

Alves tem colaborado com o Planalto nas votações, raramente indicando voto contra as intenções do governo e mantendo alto o nível de apoio de seu partido -em torno de 80%.

Não deverá ser uma presidência marcada pela queda de braço com o governo.

PT e PMDB estabeleceram um rodízio na presidência da Câmara, e o candidato do governo tende a contar com o apoio declarado de quase todos os grandes partidos.

A democracia brasileira está consolidada sob a forma do presidencialismo de coalizão, o que implica a divisão do poder entre os partidos com o intuito de formar maioria parlamentar.

Não há motivo para o Planalto se preocupar em promover a eleição de um deputado que por vezes o desafiou. Divergências e disputas continuarão a existir. A coalizão garante apenas apoio e responsabilidade.

PT e PMDB têm interesse em levar os próximos dois anos com tranquilidade, pois sagrar-se vencedor em 2014 é o objetivo de ambos.


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