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Fotos de índias nuas em ritual são retiradas do ar por Facebook

Empresa afirma impor limitações à exibição de nudez

JULIANA GRAGNANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Duas fotos que retratam índias do Alto Xingu, em Mato Grosso, do documentário brasileiro "As Hiper Mulheres", foram removidas da página do filme no Facebook sob alegação de violar a declaração de direitos e responsabilidades da empresa.

Para as fotos voltarem ao ar, a produtora do filme pôs tarjas pretas sobre os seios e órgãos genitais das índias.

O longa, dirigido por Leonardo Sette, Takumã Kuikuro e pelo antropólogo Carlos Fausto e premiado no Festival de Gramado, narra o "Jamurikumalu", maior ritual feminino da tribo.

Segundo Fausto, do ponto de vista das índias, elas estão super vestidas e enfeitadas. "O ritual é extremamente afirmativo, trata de questões de gênero, música e sexualidade. Já do ponto de vista do Facebook, isso é pornografia. Eles só conseguem ver o nu, que é o mais banal", diz.

O Ministério da Justiça utiliza vários critérios para definir a classificação indicativa de filmes e séries. Filmes com "nudez não erótica" são considerados livres de classificação indicativa. A pasta dá como exemplo um documentário que "mostra a realidade de uma tribo indígena onde as pessoas estão nuas."

Por meio de sua assessoria, o Facebook afirmou que não comenta casos específicos. Sobre "nudez e pornografia", nos padrões da comunidade da empresa, ela afirma: "(...) também impomos limitações na exibição de nudez. Almejamos respeitar o direito das pessoas de compartilhar conteúdo de importância pessoal, sejam fotos de uma escultura, como Davi de Michelangelo, ou fotos de família da amamentação de uma criança."


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