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Ribeirão

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Abaixo da média nacional, Ribeirão quer ampliar a utilização de ônibus

Pacote prevê elevar taxa de habitantes que usam transporte coletivo dos atuais 32% para 50%

Tempo elevado de espera nos pontos é atualmente a principal queixa dos passageiros de ônibus da cidade

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Abaixo da média nacional na taxa de usuários do transporte coletivo, Ribeirão Preto lançou um plano que tem como meta fazer com que metade dos habitantes se locomova usando ônibus.

De acordo com a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte de Ribeirão Preto), atualmente 32% dos ribeirão-pretanos utilizam o transporte público. No Brasil, segundo a ANTP (Agência Nacional de Transportes Públicos), a média é de 70%.

Apesar da meta, o governo municipal não fixou um prazo para que ela seja atingida.

Na tentativa de elevar a quantidade de usuário de ônibus em Ribeirão, a prefeitura planeja uma série de obras no trânsito, com verbas do governo federal que contemplam a mobilidade.

De acordo com o superintendente da Transerp, William Latuf, com os investimentos a expectativa é que a taxa de usuários do transporte público suba para 50%.

Segundo especialistas em transporte, em municípios com o porte de Ribeirão, a média atual de população que usa o transporte público está em torno de 40%.

INVESTIMENTOS

Esses mesmos especialistas ouvidos pela Folha dizem que o objetivo traçado pela Prefeitura de Ribeirão só será alcançado se outras obras de mobilidade forem promovidas logo em seguida ao que já está previsto para os próximos anos.

No início de março, a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou um pacote de R$ 33 bilhões para investimentos em saneamento básico, pavimentação e mobilidade urbana para cidades consideradas de médio porte.

Ribeirão foi contemplada com uma verba de R$ 310 milhões, sendo R$ 278,8 milhões destinados exclusivamente a obras ligadas a melhorias no trânsito e, principalmente, no transporte.

Segundo Latuf, o projeto prevê, entre outras obras, a viabilização de 56 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, sinalização e construção de dois terminais urbanos, oito estações e 282 abrigos para passageiros.

Prevê também a adequação de calçadas, implantação de semáforos inteligentes e construção de pontes e viadutos (veja quadro abaixo).

QUEIXAS

Atualmente, usuários do transporte coletivo reclamam principalmente da demora nos pontos de ônibus e da falta de pontualidade.

No mês passado, após queixas de usuários, a prefeitura precisou recuar e reativar linhas que haviam sido suspensas durante a reformulação do sistema.

Sobre as queixas de demora, Latuf diz que, com os 56 km de corredores exclusivos para ônibus, haverá mais agilidade no sistema --os veículos vão trafegar de forma mais rápida e diminuir o tempo.

"Ninguém gosta de ficar esperando no ponto. Se conseguirmos diminuir isso, também podemos oferecer uma melhor condição para quem anda de carro ou moto."

Latuf admite ainda que a meta de colocar metade da população de Ribeirão dentro dos ônibus é difícil, mas fala que o projeto de mobilidade vai melhorar a qualidade do transporte público.

"A cidade nunca teve uma política voltada para o transporte. Agora estamos começando a fazer por etapas. O intuito é oferecer um meio de locomoção mais atrativo."

A prefeitura terá cerca de um ano para fazer as licitações. Depois do início das obras, o projeto deve ser implantado em até 30 meses.


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