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Ribeirão

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Meta é ambiciosa, mas difícil de ser atingida, dizem especialistas

DE RIBEIRÃO PRETO

Especialistas ouvidos pela Folha dizem que a meta da Prefeitura de Ribeirão Preto de fazer com que metade da população use o transporte coletivo é ambiciosa e quase impossível de ser alcançada.

De acordo com eles, municípios mais ricos enfrentam maior resistência de parte da população ao uso do transporte público, por uma questão cultural.

Victor Nozaki, 33, coordenador do curso de gerente de cidades da Faap de Ribeirão Preto e mestre em economia pela USP, diz que a taxa de usuários do transporte em cidades do porte de Ribeirão fica entre 40% e 50%.

"Quem usava transporte público comprou carro ou moto por causa do aumento da renda. Isso colocou mais veículos nas ruas", afirma.

A frota de Ribeirão aumentou 91% em dez anos. Eram 235.338 veículos em 2003, ante 450.015 em 2013. Em comparação com cidades do mesmo porte, como Santo André, Osasco, São José dos Campos, Sorocaba, Santos e Mauá, é a que possui a menor relação habitante por veículo: 1,37.

Outro problema, diz ele, é que falta qualidade ao transporte. "As linhas não são inteligentes. Isso faz o usuário esperar muito tempo no ponto e torna o sistema menos atrativo", afirma.

"O morador desse tipo de cidade, mais rica, prefere o transporte individual. Tem que ser muito vantajoso para que ele migre para o transporte público", diz Nozaki.

Creso de Franco Peixoto, professor de engenharia civil do Moura Lacerda e mestre em transportes, sugere que o BRT (transporte rápido por ônibus) seja implantado em Ribeirão. "É um sistema usado em mais de mil cidades, com vias expressas só para ônibus", afirma.


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