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Governo tucano de São Carlos perde o 5º nome do alto escalão neste ano

Saídas de secretário e diretora geram nova troca de ataques entre membros do PSDB e do PT

Para deputado, governar cidade antes gerida pelo PT é como administrar 'terra arrasada'; petista vê desgoverno em São Carlos

LUIS FERNANDO WILTEMBURG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Antes mesmo de completar um semestre de governo, o prefeito de São Carlos, Paulo Altomani (PSDB), conheceu ontem a quinta baixa do alto escalão. Apesar da debandada, o tucano nega crise e atribui parte da culpa pelas quedas ao PT, que governou a cidade por 12 anos.

O "Diário Oficial" do município do último sábado publicou as exonerações do secretário de Saúde, Edilson Abrantes, e da diretora do Departamento de imprensa e Divulgação, Glória Saratt Schmidt. Além dos dois, outros três secretários deixaram o governo desde março (veja quadro nesta página).

Altomani afirmou que as saídas são uma readequação da equipe e admitiu que sua maneira de trabalho, de fazer muita cobrança aos secretários, pode ter influenciado nas baixas do governo.

Segundo nota da prefeitura, Abrantes saiu porque acumulava com a Secretaria de Saúde a profissão de cirurgião geral. Glória, entretanto, foi exonerada por decisão do prefeito. Ela exerceu funções comissionadas nos últimos cinco governos --incluindo os governos petistas de Newton Lima (2001-08) e Oswaldo Barba (2009-12).

Nos meios políticos de São Carlos, o comentário é que há uma insatisfação com a centralização de poder do prefeito e os secretários de Governo, Júlio César Soldado, e Planejamento, Júlio César Pereira de Souza.

O próprio Altomani assume ser centralizador e diz que exige dos secretários um ritmo de trabalho que "não respeita altas horas da noite".

DISPUTA

A debandada de secretários em São Carlos virou motivo para petistas e tucanos voltarem a se atacar.

O presidente do diretório estadual do PSDB, o deputado federal Duarte Nogueira, disse que Altomani encontrou um município com muitos problemas em janeiro.

"A tarefa de gerir São Carlos, pela cidade que ele [Altomani] encontrou, muito desorganizada, com problemas de endividamento, de recursos humanos [é difícil]... Suceder PT é suceder terra arrasada", afirmou o tucano.

Já o presidente do diretório municipal do PT e deputado federal Newton Lima rechaçou a declaração tucana.

Segundo ele, Barba deixou R$ 59 milhões em caixa e verbas para o andamento de 40 obras. Disse ainda que entregou todos os documentos e balanços ao governo de transição de Altomani.

Para ele, a acusação de Nogueira é uma forma de esconder a crise provocada pelo "desgoverno" da cidade.


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