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STJ nega habeas corpus de ex-prefeito de Pontal
Apurações da Promotoria apontam desvios de até R$ 25 milhões dos cofres da prefeitura
Preso desde o último dia 14 sob suspeita de desvio de dinheiro público, o ex-prefeito de Pontal Antônio Frederico Venturelli Junior (PSD) teve o pedido de habeas corpus negado pelo STJ (Superior Tribunal da Justiça).
O advogado do ex-prefeito, Mário Augusto Moretto, disse que vai esperar a publicação da decisão no "Diário Oficial" para tomar as providências cabíveis.
Com a decisão, do último dia 28, Venturelli continua preso na cadeia da cidade.
De acordo com o promotor Wanderley Baptista da Trindade Júnior, investigações de um inquérito civil público apontaram que o ex-prefeito (2009-12) contratou o Instituto Pitágoras para simular prestações de serviços e desviar dinheiro público --cerca de R$ 300 mil.
Segundo Trindade, Venturelli contou com a ajuda de dois secretários, do presidente da comissão de licitação, de dois empresários e de um de seus irmãos --seus nomes não foram divulgados.
Outra apuração aponta o prefeito e funcionários suspeitos de crimes contra a administração pública na Santa Casa. A Promotoria apura ainda a ação de uma empresa do primo do prefeito.
Segundo o promotor, ao todo, o valor desviado pelo grupo chega a R$ 25 milhões.
Questionado pela Folha sobre as acusações da Promotoria, o advogado de Venturelli afirmou que não se manifestaria.
A reportagem não conseguiu falar com os responsáveis pelo Instituto Pitágoras.