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Ribeirão

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Carros estacionados em vias estreitas 'travam' trânsito

Gargalos ocorrem em ruas como São Sebastião e Barão do Amazonas

Transerp afirma ser inviável eliminar as vagas, como ocorreu há dois anos na av. Francisco Junqueira

LUIS FERNANDO WILTEMBURG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O taxista Marcelo Cândido, há nove anos levando passageiros pelas ruas de Ribeirão Preto, avisa: "A [rua] São Sebastião eu evito ao máximo." O motivo: estreita e com veículos estacionados dos dois lados, os carros passam pela única faixa que sobra praticamente em fila indiana.

A via é apenas um dos exemplos de ruas ou avenidas onde o volume de tráfego fica cada vez mais estrangulado, seja em horários de pico, seja durante o dia todo.

Para a Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte de Ribeirão Preto), a solução para melhorar o fluxo é a adesão da população ao transporte coletivo. Para especialistas, porém, são necessários outros tipos que não apenas ônibus tradicionais.

A Folha mapeou gargalos em 12 ruas e avenidas de Ribeirão Preto dentro e fora do horário de pico. Na avenida Nove de Julho, por exemplo, há veículos estacionados nas duas vias ao lado do canteiro central, praticamente eliminando uma faixa da avenida.

A Barão do Amazonas tem características parecidas com a São Sebastião. É essencialmente comercial e permite estacionamento do lado esquerdo. Porém, por ser um corredor de ônibus, também tem seu leito estreitado.

Um pouco mais larga, a avenida Dom Pedro 1º, no bairro Ipiranga, é outra com trânsito intenso de carros, motos e ônibus. O tráfego acaba sufocando os motoristas, principalmente no início da manhã e no fim da tarde.

CADA VIA, UMA SOLUÇÃO

O engenheiro de trânsito da Transerp Fernando Antunes diz que as soluções para os 2.000 quilômetros de malha viária mudam de acordo com a via. Cita a avenida Francisco Junqueira, onde a retirada de 175 vagas de estacionamento em seis quilômetros melhorou o fluxo.

Porém, seria inviável repetir o feito na avenida Nove de Julho. "Ali, em quatro quilômetros de extensão, são mil vagas de estacionamento", compara. Para ele, é impossível a demanda ser absorvida por vias secundárias ou estacionamentos particulares.

Outras avenidas com trânsito intenso, como a rua Javari, na zona norte, ou a Barão do Bananal e João Bim, na zona leste, fluiriam melhor se fossem mão única. Mas Antunes diz que isso é impossível pela inexistência de outra via para o caminho inverso.

Para ele, a principal solução para desafogar Ribeirão é privilegiar os pedestres e incentivar o uso do transporte público. "Enquanto um carro ocupa 10 m² da rua e leva 1,5 passageiro, um ônibus carrega 90 em 27 m²."


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