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Prefeitos da região buscam soluções para reivindicações
Dárcy Vera afirma que o governo está disposto a negociar; Franca elenca medidas em andamento
Chefes do Executivo manifestam posição favorável aos protestos, mas combatem ações de depredação locais
A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (PSD), disse que as manifestações realizadas na cidade nos últimos dias 18 e 20 foram sobre temas diversos e não específicas sobre questões municipais como saúde, educação e transporte público.
Apesar da declaração, ela afirma que é natural que haja reivindicações locais nesses protestos. Reeleita para um novo mandato de quatro anos, a chefe do Executivo buscou ainda argumentar que seu governo começou "há apenas alguns meses".
Sobre as reivindicações, Dárcy afirmou que o governo está disposto a negociar. Ela sinalizou também a possibilidade de redução da tarifa do transporte coletivo. Um estudo para desoneração às empresas deve ser concluído neste final de semana.
Segurança, saúde, transporte público e educação foram os temas que predominaram nos protestos em Franca, segundo o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB). Na cidade, 10 mil pessoas se reuniram para protestar.
Em função das manifestações, ele anunciou medidas em andamento na área da segurança, como a implantação de um convênio com o Estado para oficializar o bico de PMs na segurança municipal.
Na saúde, ressaltou um mutirão de 4.500 cirurgias, a contratação de 73 novos médicos, construção de unidades básicas de saúde e uma parceria com a Santa Casa para custear parte das operações com R$ 3 milhões.
No transporte público, ele estuda a redução da tarifa e aguarda para até o final do ano o cumprimento de um acordo com a Justiça e a empresa permissionária para melhorias no serviço.
OUTROS MUNICÍPIOS
O prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB), reduziu a tarifa do transporte coletivo em R$ 0,10 (para 2,80) e informou, por meio de sua assessoria, que a modernização da frota de ônibus poderá ser feita com a venda do prédio da CTA.
A assessoria de imprensa do peemedebista disse ainda que ele respeita as manifestações democráticas e o direito de expressão e que considera que os movimentos devem ocorrer com total liberdade e sem violência.
Em São Carlos, o prefeito Paulo Altomani (PSDB) também reduziu em R$ 0,10 (para R$ 2,65) a tarifa no transporte coletivo. A medida vale a partir de 1º de julho.
Ele apoiou os protestos. "Já fui estudante e participei de manifestações idênticas", disse. "Apoio o movimento e ao mesmo tempo peço aos são-carlenses que mantenham o espírito de paz e respeito com a nossa cidade."
O prefeito de Barretos, Guilherme Ávila (PSDB), afirmou que as reivindicações feitas na manifestação que reuniu cerca de mil pessoas em passeata pela região central da cidade serão analisadas.
Segundo ele, a maioria está na área da saúde. "A Santa Casa da cidade passa por problemas financeiros e as medidas para ajudar a instituição já estão sendo tomadas", disse o tucano, por meio de sua assessoria.
Sobre a epidemia de dengue, Ávila afirmou que o problema foi uma herança, cujo auge foi alcançado em janeiro e fevereiro. Ele disse que todas medidas emergenciais foram tomadas e que um plano vai combater o avanço da doença na cidade.