Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

País em protesto

Em 7º ato, aposentados cobram prefeitura

Administração de Ribeirão Preto atrasa parcela de reajuste de ex-servidores, que fecham instituto de previdência

Sindicato dos servidores pede queda de superintendente do órgão; prefeitura diz que ele permanece no cargo

DANIELA SANTOS DE RIBEIRÃO PRETO LUIS FERNANDO WILTEMBURG COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

O não pagamento de uma parcela de reajustes atrasados para aposentados provocou uma manifestação em frente à sede do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) durante todo o dia de ontem em Ribeirão Preto.

O protesto foi o sétimo registrado em apenas dois dias na cidade e envolveu aproximadamente 40 beneficiários do instituto, que fecharam as portas do local.

A pressão dos beneficiários e do Sindicato dos Servidores Municipais levou a Prefeitura de Ribeirão Preto a formalizar um prazo de pagamento. A administração de Dárcy Vera (PSD), ano após ano, tem enfrentado problemas com deficits financeiros.

O sindicato também informou, em comunicado enviado ontem à noite, que o superintendente do IPM, Luiz Carlos Teixeira, será demitido da administração na próxima semana --e que a decisão acata pedido do sindicato.

Às 19h40 de ontem, a assessoria da Prefeitura de Ribeirão garantiu que "a informação não procede".

O protesto foi motivado pelo atraso no pagamento de uma parcela referente à antecipação de um aumento não concedido pela administração na época do Plano Collor. Cerca de 800 aposentados têm direito ao benefício.

O acordo prevê um acréscimo de R$ 150 ao salário dos aposentados que fazem parte da ação. O pagamento já havia sido suspenso em maio pela prefeitura.

DIVERGÊNCIA

Em nota, a prefeitura disse que o valor não foi pago pelo IPM na data prevista porque houve "divergência jurídica referente ao entendimento e interpretação da matéria".

Durante o protesto, houve tumulto e o IPM chegou a acionar a Polícia Militar. O secretário da Administração, Marco Antonio dos Santos, conseguiu acalmar os ânimos ao prometer os pagamentos para a próxima sexta-feira.

Ele afirmou que queria solucionar o problema ainda no local, para evitar que os manifestantes se juntassem aos demais acampados na porta da prefeitura e engrossassem os protestos que atingem Ribeirão e têm como um dos alvos a administração.

R$ 6 MILHÕES

Durante a manifestação no IPM, os servidores também protestaram contra a falta de um repasse de cerca de R$ 6 milhões que está retido nos cofres do instituto. Pediram ainda a saída de funcionários comissionados que não sejam servidores públicos da direção do IPM.

O alvo principal é Teixeira, filiado ao PPS. O vereador Capela Novas (PPS) disse que a indicação dele para o cargo não tem ligação com o partido, mas com o Sindicato dos Bancários de Ribeirão.

Duas reuniões foram feitas ontem para tentar resolver o imbróglio. A administração fixou para a próxima sexta tanto o pagamento da parcela atrasada quanto dos valores recolhidos a mais. Os valores que cada aposentado receberá ainda será levantado.

Sobre as mudanças no instituto, de manhã o secretário da Administração já havia dado uma resposta mais "diplomática". Ele afirmou que a possibilidade seria discutida durante uma reunião com a prefeita Dárcy Vera, porém não definiu datas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página