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Ribeirão

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Ribeirão e Barretos lideram alta em roubos

Levantamento aponta que cidades têm o maior aumento de janeiro a maio entre as 14 sedes de regiões do Estado

Polícia Militar afirma tentar descobrir os motivos, enquanto a Polícia Civil diz que irá ampliar o seu efetivo

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Duas cidades da região nordeste do Estado --Barretos e Ribeirão Preto-- estão no topo da lista dos municípios que mais registraram aumentos de furtos e roubos nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Levantamento feito pela Folha a partir de dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública aponta que os dois municípios foram os que apresentaram as maiores elevações dos crimes na taxa por 100 mil habitantes entre as 14 sedes de regiões administrativas de São Paulo.

De janeiro a maio de 2012, Barretos registrou taxa de 947,6, ante 1.174,36 no mesmo período deste ano, o que representa uma variação de 226,76, a maior entre as cidades-sedes de regiões.

Ribeirão aparece na vice-liderança do ranking de furtos e roubos, com taxa de 1.211,78 no ano passado e de 1.376,53 em 2013, a segunda maior diferença: 164,75.

A Folha não confrontou os números absolutos de crimes para neutralizar a discrepância populacional entre os municípios, como recomenda o manual de interpretação das estatísticas de criminalidade divulgado pelo governo.

FALTA EFETIVO

Coordenador da Comissão de Direito Criminal e Militar da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Ribeirão, Ricardo Alves de Macedo disse que os crescimentos se devem à falta de policiais nas ruas.

"Temos [em Ribeirão] um policial para cada 620 habitantes. Em Nova York, por exemplo, há um para 250."

Macedo também cita a ausência de investimentos na Polícia Civil. "No maior bairro de Ribeirão [Campos Elíseos] e mais populoso só há quatro investigadores."

Para ele, é preciso colocar mais PMs nas ruas e estruturar melhor a Polícia Civil -- aumentando o número de investigadores e melhorando as delegacias, entre outros.

A quantidade de delegados, na visão dele, também preocupa.

A Polícia Militar informou que os números referentes às ações de combate ao crime aumentaram nos primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a Polícia Civil informou que vai contratar mais homens (leia texto ao lado).

PÃNICO

O aumento do número de furtos e roubos tem mudado a rotina e transformado a vida de ribeirão-pretanos.

É o caso da família Miranda que, depois de um assalto em sua residência no Parque das Figueiras, já planeja se mudar para um apartamento no município.

O empresário Rodolfo Miranda, 26, conta que os pais estão abalados com o crime e que a família vai morar num edifício --que tem mais segurança, como porteiros e cercas elétricas. "Todos estão traumatizados com o que ocorreu", disse.

Os objetos foram recuperados e os envolvidos --todos menores-- apreendidos.

Na Central de Flagrantes, a cena é comum. Dezenas de pessoas vão todos os dias registrar boletins de ocorrência por furto ou roubo. Na última quinta-feira, porém, a história foi diferente.

O bombeiro civil Jean Daniel Graton da Silva, 32, capturou um assaltante que tentava furtar sua casa, no bairro Campos Elíseos.

No plantão, afirmou à Folha que "ninguém aguenta mais". "O Estado não dá suporte para a PM. O contingente não é compatível com a população. Alguma coisa precisa mudar. Urgentemente."


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