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Ribeirão

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Indústrias penam para achar mão de obra qualificada

Máquinas mais modernas exigem maior conhecimento dos empregados, mas eles não conseguem operá-las

Na admissão para a fábrica nota-se a baixa escolaridade; vagas não são preenchidas por falta de qualificação

DE RIBEIRÃO PRETO

Os números da pouca escolaridade de adultos são sentidos diretamente pela indústria local. A carência foi notada principalmente nos últimos cinco anos, segundo o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

Nesse período, as empresas investiram na troca de máquinas, mais avançadas, e que, portanto, exigem melhor formação dos empregados que vão operá-las.

"Essa falta de escolaridade dos empregados, que sempre existiu, ficou mais evidente agora", disse o diretor regional da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Guilherme Feitosa. "Você coloca a pessoa na frente da máquina e ela não sabe o que fazer."

A entidade representa cerca de 2.500 empresas na região. Feitosa alerta para outro agravante: nem sempre o diploma de ensino fundamental mostra que o empregado está apto. "Já na prova de admissão nota-se que o ensino é fraco, muito abaixo do que se precisa", disse.

Uma das alternativas das empresas para driblar essa a carência de mão de obra qualificada são parcerias com prefeituras e, via escolas como as do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), capacitar novos operários.

Com as novas gerações, ele afirmou que as indústrias da região têm encontrado com mais frequência jovens de 18 a 20 anos com o ensino médio completo, o que significa uma escolaridade maior do que nas admissões passadas.

Mas a qualidade dessa formação básica, disse Feitosa, também é precária.

VAGAS ABERTAS

Os problemas com a falta de estudo acentuam-se principalmente nas cidades de menor porte. Em Serra Azul, a Residual, de tratamento de resíduos industriais, emprega cerca de 40 funcionários.

A maioria não completou a 8ª série, como Eunice Rosário de Souza, 37. Ela olha para o chão e pouco fala quando perguntada até que série cursou. "Meu pai me tirou da escola ainda criança. Mas eu queria voltar a estudar."

Segundo o gerente da Residual Julio Cesar Fligiaggi, há dez vagas abertas que a empresa não consegue preencher (de motorista de caminhão, operador de maçarico e ajudante de pátio) que exigem qualificação.


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