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Ribeirão

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Entressafra pode ter etanol ainda mais caro que a média

Causa está na alta do consumo de combustíveis e queda na moagem de cana

Clima atípico em julho afetou canaviais de São Paulo; queda na moagem foi de quase 2 milhões de toneladas

DE RIBEIRÃO PRETO

O alto consumo de combustíveis associado à queda de 6,7% na moagem da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo --principal polo produtor do país-- na última quinzena de julho podem elevar o preço do etanol para acima da média na entressafra, entre dezembro e abril.

No último mês, o consumo de combustíveis no Brasil cresceu 21% se comparado com o mesmo período do ano passado. Já as vendas de etanol em julho tiveram um salto de 31% em relação a igual período de 2012. Os dados são da consultoria FG/Agro.

De acordo com acompanhamento de safra divulgado ontem pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a queda em São Paulo resultou em quase 2 milhões de toneladas a menos se comparado com o mesmo período do ano passado.

As principais causas foram as geadas e chuvas atípicas para o período nas regiões produtoras, de acordo com os dados da Unica.

"O consumo de combustíveis vinha crescendo a uma média de 8% ao mês, mas em julho registrou um salto e isso pode pressionar os preços lá na frente", disse Thiago Campaz, especialista em açúcar e etanol da FG/Agro.

De acordo com ele, a demanda por etanol anidro, que é adicionado à gasolina no percentual de 25%, é um dos grandes fatores para a menor oferta do biocombustível. "Com a oferta reduzida, os preços tendem a subir."

ALTA

Segundo os dados da Unica, a produção de etanol anidro na segunda quinzena de julho cresceu 14,3% (para 889 milhões de litros) na comparação com 2012, enquanto a produção de etanol hidratado (direto no tanque) cresceu 0,7% (um bilhão de litros).

De acordo com o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, a geada chegou a comprometer o crescimento e a brotação da planta em ao menos três Estados: São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

"Nessa avaliação ainda preliminar, podemos dizer que o fenômeno climático pode reduzir a produtividade agrícola e a produtividade", afirmou Rodrigues, por meio de assessoria.


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