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Dárcy enfrenta dois julgamentos neste mês
Além do processo de cassação, ação que acusa a prefeita de expor crianças em programa de TV será julgada no dia 28
Na quinta-feira, Tribunal Regional Eleitoral decide sobre as cassações da prefeita e do vice, Marinho
A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), enfrenta nas próximas duas semanas ao menos dois julgamentos na Justiça que podem decidir o futuro da sua vida política e da sua administração na prefeitura da cidade.
O mais decisivo deles é o julgamento no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), em São Paulo, do recurso que a mantém no cargo de prefeita junto com o vice-prefeito Marinho Sampaio (PMDB), na próxima quinta-feira.
Ambos tiveram os mandatos cassados em primeira instância pela Justiça Eleitoral em março, acusados de abuso do poder político por usar servidores comissionados durante a campanha eleitoral que resultou na reeleição.
Apesar das cassações, os dois recorreram e a Justiça decidiu que ambos poderiam permanecer no cargo até uma definição sobre o caso.
O TRE vai analisar o processo, que inclui o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, obtido pela Folha. Nele, o procurador André de Carvalho Ramos diz que a prefeita e o vice "tiveram ao seu dispor um exército de servidores nas ruas de Ribeirão realizando propaganda eleitoral".
A defesa de Dárcy e Marinho informou ontem que não solicitará o adiamento do julgamento. No dia, fará alegações orais, como a de suposto cerceamento à defesa, segundo o advogado Ricardo Vita Porto.
Outro julgamento a ser enfrentado por Dárcy é o referente à ação do Ministério Público, que denunciou a hoje prefeita por expor crianças e adolescentes pobres a situações de constrangimento em programa de TV apresentado por ela em 2008 --hoje extinto.
O julgamento está marcado para o dia 28 de agosto. Se condenada, Dárcy ficará proibida, sob pena de multa, de voltar a apresentar, produzir ou patrocinar programa de TV com crianças e adolescentes. O processo corre em segredo de Justiça por envolver crianças e adolescentes.
Nos dois casos, as denúncias partiram do ex-deputado Fernando Chiarelli (PT do B), que disputou a prefeitura com Dárcy no ano passado.
CASO COHAB
Já a Delegacia Seccional investiga, sob segredo de Justiça, a participação da prefeita, da irmã dela, Marli Vera, e de funcionários públicos num suposto caso de estelionato. O inquérito pode ser concluído nos próximos dias.
Segundo a denúncia, interessados em receber uma casa da Cohab deveriam pagar até R$ 3.000 para "furar" a fila de imóveis na cidade, inclusive, de residências retomadas na Justiça.
Dárcy nega envolvimento seu e de sua irmã. Investigação da Câmara isentou participação das duas no caso.