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Ribeirão

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Livro revela fatos inéditos da história do duelo Come-Fogo

Obra de jornalista completa 'trilogia' sobre os times da cidade

DE RIBEIRÃO PRETO

Após três anos de pesquisa, um livro sobre o duelo "Come-Fogo" em Ribeirão resgatou fatos até então desconhecidos ou imprecisos, como a data do primeiro jogo entre Comercial e Botafogo, o saldo dos embates antes da profissionalização e até o possível primeiro ato de fair play no futebol brasileiro.

"Come-Fogo "" Tradição e Rivalidade no Interior do Brasil", do jornalista Igor Ramos, 40, lançado na última semana, narra a história dos mais de 90 anos de disputas entre os dois clubes de Ribeirão, com fichas técnicas, história e resultados das 164 partidas.

O jornalista consultou o arquivo de sete jornais --cinco extintos-- e visitou a Biblioteca Nacional, no Rio, onde conseguiu valioso material sobre jogos da década de 1920. "Respirava isso o dia inteiro", disse Ramos.

Entre os achados está o ato do goleiro argentino Bonelli, ex-Comercial, que em novembro de 1955 jogou a bola para fora para que o atacante Neco, do Botafogo, pudesse receber atendimento médico.

Tradicionalmente, o primeiro gesto de fair play no país é atribuído a Garrincha, em jogo cinco anos depois, em março de 1960, entre Fluminense e Botafogo.

Ao ver que o tricolor Pinheiro necessitava ser atendido, Garrincha interrompeu uma jogada com chance de gol e pôs a bola para fora.

A pesquisa também alterou o saldo da correlação de forças: até então, o número de vitórias e derrotas para cada lado costumava ser contado a partir de 1954, quando o Comercial voltou aos campos, após um período de crise.

Conhecido como "era Come-Fogo", apelido cunhado pelo radialista Lúcio Mendes, o período pós-1954 computa 55 vitórias do Botafogo, 30 do Comercial e 52 empates.

Ao considerar 27 jogos entre 1920 e 36, ano em que o Comercial parou, a disputa se equilibra. Dos 164 jogos, o Botafogo venceu 60 e o Comercial 48, com 56 empates.

O livro traz ainda o registro mais antigo conhecido de uma disputa entre os clubes, em 1º de agosto de 1920, no estádio da rua Tibiriçá, campo do Comercial. Até então, o primeiro clássico de que se tinha notícia era de 1924.

O jornalista é autor também de dois outros livros, que contam a história de cada um dos times. "Os clubes do interior precisam ter sua história contada."


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