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Ribeirão

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Guarda Civil de Barrinha não existe oficialmente

Prefeitura admite que homens da corporação são na verdade vigias

Para delegado, GCM não deveria ter guardas armados; ex-comandante é suspeito de matar um a tiro

DE RIBEIRÃO PRETO

A Guarda Civil Municipal de Barrinha tem sede própria, veículos adesivados com essa marca e cerca de 40 homens que atuam na cidade há cerca de dez anos, mas na prática não existe.

É o que dizem o próprio secretário de Governo, Luiz Tadeu Giollo, o vereador David Paula Dias (PPS) e o presidente do sindicato dos funcionários públicos do município, Fábio Benedito da Silva.

De acordo com Giollo, os "guardas" são na verdade contratados pela prefeitura como vigias e o cargo oficial do comandante da GCM é chefe de setor de vigilância.

Barrinha ficou conhecida nesta semana pelos dois dias seguidos de protestos e depredações a prédios públicos ocasionados após a morte de um soldador. O suspeito pelo assassinato é o ex-comandante da GCM William Américo Campanini, que ontem se apresentou à polícia e negou ter cometido o crime.

Campanini foi demitido do cargo pela prefeitura. Ontem, a Folha tentou, mas não conseguiu falar com ele.

"A GCM foi intitulada com esse nome e é uma criação de governos passados", disse o presidente do sindicato. "Mas não existe na prefeitura um documento ou estatuto comprovando sua existência."

Além de não existir oficialmente, a GCM de Barrinha não deveria ter sequer homens armados. Barrinha tem pouco mais de 30,5 mil habitantes. Por isso, diz o delegado Rodrigo Pimentel Bortoletto, seus "guardas" não podem andar armados.

"Por lei, apenas cidades que possuem entre 50 mil e 500 mil habitantes podem oferecer armas aos guardas durante o tempo de serviço. Já em municípios com mais de 500 mil habitantes, os guardas podem usar armas no trabalho e fora dele."


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