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Ribeirão

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Flúor na água está inadequado em 27 cidades da região

Estudo do Conselho Regional de Odontologia constatou excesso ou falta da substância na água; resultado são danos à saúde bucal

DE RIBEIRÃO PRETO

A quantidade de flúor concentrado na água está inadequada para o consumo em 27 cidades da região de Ribeirão Preto, de acordo com um estudo do Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo feito em parceria com a Unicamp.

O levantamento foi realizado em 105 cidades paulistas menos populosas --30 delas localizadas na região. Nesses municípios, o tratamento de água é feito pela administração pública, o que chamou a atenção dos pesquisadores.

De acordo com o presidente do conselho, Cláudio Miyake, a falta do flúor na água impede a prevenção efetiva das cáries nas pessoas quando elas enxáguam a boca ou escovam os dentes --principalmente nas crianças com até 12 anos.

Já o excesso do flúor pode causar a fluorose --surgimento de manchas nos dentes.

Miyake disse que as cidades pequenas encontram dificuldades técnicas e possuem pouca estrutura física e financeira para manter os níveis ideais de flúor na água.

As coletas realizadas entre março e maio deste ano apontaram índices de flúor menores que os adequados (abaixo de 0,6 mg/L) na água de Dobrada, Monte Azul Paulista, Orlândia, Santo Antônio da Alegria e São Simão.

Índices acima de 0,8 mg/L de flúor na água foram registrados em Morro Agudo, Severínia e Sales Oliveira.

Colina, Pirangi e Taiaçu foram as únicas cidades pequenas que mantiveram boa qualidade da água nas três coletas realizadas no estudo.

"Falta comprometimento dos municípios. Eles recebem insumos, equipamentos, bombas de flúor e não realizam o trabalho de forma adequada", disse Miyake.

O presidente do conselho disse que, após a conclusão do estudo, relatórios com os resultados foram enviados ao Estado, à coordenação de saúde bucal e aos municípios para que o abastecimento de água seja eficaz para a saúde da população usuária.

A ideia é continuar com avaliações periódicas no decorrer dos meses para saber se os gestores dos municípios se mobilizaram para melhorar a qualidade da água.

"Faço um alerta aos administradores das cerca de 30% das cidades da região de Ribeirão que apresentaram índices altos e baixos", afirmou o presidente do conselho.


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