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Ribeirão

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Genética animal e hipismo estimulam economia local

Empresários investem em centros hípicos e na reprodução de cavalos

Mercado equestre movimenta por ano cerca de R$ 7 bilhões na economia brasileira, diz estimativa do setor

VENCESLAU BORLINA FILHO DE RIBEIRÃO PRETO

A amazona Camila Diniz Junqueira, 26, se prepara para um novo salto, só que nos negócios. Após oito anos praticando hipismo, vê agora uma oportunidade nova e vai inaugurar nesta semana um centro hípico em Orlândia.

Assim como ela, outros praticantes do esporte investem em centros de hipismo e na criação de cavalos de raça e saltadores. Segundo estimativas do setor, o mercado equestre nacional movimenta cerca de R$ 7 bilhões na economia brasileira por ano.

"A ideia do centro surgiu a partir da constatação de que o esporte tem crescido na região de Ribeirão Preto, porém, sem muitos locais de treinamento. Já Vamos começar com uma procura grande de pessoas interessadas no hipismo", disse Camila.

O investimento, feito em parceria com a mãe, consumiu mais de R$ 500 mil. Só um dos dez cavalos de que dispõe custou R$ 70 mil. A pista do hipismo é uma cópia da existente na Estância Zurita, do ex-presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita.

O empresário Manoel Luiz Vargas e Silva, 65, destinou uma área específica da sua propriedade para criar dois potros e duas éguas. Um deles foi adquirido por R$ 80 mil. O filho de 14 anos começou a praticar hipismo há dois anos.

"Já criei cavalos mangalarga, mas parei e agora retomei com alguns animais para que meu filho pudesse praticar o hipismo. Como é um esporte que requer atenção especial, os investimentos precisam ser feitos em animais de alta qualidade", disse.

GENÉTICA ANIMAL

A empresária Isabel Leão investe na criação de cavalos com a ajuda da genética. Com os óvulos da égua ML Pandora, avaliada em R$ 400 mil, e o sêmen de cavalos olímpicos estrangeiros, avaliados por ela em € 7.000, já obteve ao menos cinco exemplares.

Em um dos cruzamentos, foi usado sêmen do cavalo saltador Cardento. O ponto alto do animal foi na Olimpíada de Atenas, em 2004, onde ele ganhou a medalha de prata para o time da Suécia. Os filhos, como o Cardenka, também têm fama de saltador.

"Criamos os cavalos até que eles estejam prontos para a prática do hipismo. Isso acontece só depois de quatro anos, que é quando eles estão mais fortes, com a ossificação pronta para os saltos. Antes disso, eles só ganham cuidados especiais", disse.

O presidente da Sociedade Hípica de Ribeirão Preto, Luciano Figueiredo Cristófani, afirmou que as pessoas têm se interessado mais pelo hipismo. "Hoje temos mais sócios do que, por exemplo, cinco anos atrás", disse.


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