Folha de S.Paulo

Criador dá tratamento VIP a seus animais

"Eles são tratados como atletas de alta performance", "são igual gente", "iguais a um ser humano e também têm seus limites". Essas são apenas algumas das definições usadas por criadores para justificar o tratamento especial dispensado aos cavalos milionários da região.

Os animais da empresária Isabel Leão, por exemplo, não são montados por pessoas enquanto não completam quatro anos. Nos três primeiros meses de vida não são expostos ao sol e têm acompanhamento diário de um médico veterinário.

"Eles não podem ser montados porque ainda não estão totalmente formados. E como o sol aqui na região é muito forte, eles podem morrer de insolação. Já perdi um animal porque ficou muito tempo no sol. A gente investe muito para correr esses riscos", disse.

Os animais ficam em baias ventiladas. A alimentação com ração é dada duas vezes ao dia --manhã e tarde. O capim é livre durante a pastagem, intercalado com o feno. Além disso, eles comem cenoura, fazem fisioterapia e sessões de escovação.

"O gasto com um animal é de cerca de R$ 5.000 por mês, incluindo veterinário, vacinas, tratador, treinador, entre outros. Quando temos mais animais, esses custos são rateados, mas é um negócio que exige investimentos", afirmou Isabel.

A empresária contou que um animal do porte especial pode ver vendido a partir de R$ 30 mil. O valor, por exemplo, é de um cavalo ou égua que salta cerca de um metro. A partir de 1,10 metro, o animal pode custar até R$ 60 mil, e assim por diante.

Camila Diniz Junqueira afirmou que gasta cerca de R$ 1.000 para criar cada um dos dez cavalos que tem. Eles também ganham ração duas vezes por dia intercalado com feno, sal e água à vontade. O treinamento é feito com um profissional especializado.

No novo centro de hipismo serão 20 baias ventiladas para os animais próprios e para animais de terceiros. A hospedagem com treinamento vai custar R$ 1.700 por mês, exceto gastos com medicamentos e veterinário.