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Presídio tem cinco fugas em uma semana
CPP de Jardinópolis é cercado por alambrados que facilitam fuga, dizem polícias; último caso foi sábado à tarde
Corregedoria da SAP vai investigar fugas, diz assessoria; presídio foi entregue em setembro e custou R$ 51 milhões
Construído para receber presos com bom comportamento, o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jardinópolis, inaugurado no fim do mês passado, já registrou ao menos cinco fugas --todas em uma única semana.
O último caso aconteceu anteontem. Segundo a polícia, o detento Mateus Ferreira dos Santos, 21, pulou o alambrado da penitenciária durante a troca dos agentes de segurança penitenciária, por volta das 17h30, e fugiu.
O helicóptero Águia da Polícia Militar foi acionado e fez buscas pela região, mas não localizou o fugitivo.
O presídio é cercado apenas por alambrados e gera críticas das polícias Civil e Militar, que pedem mais segurança para o local, localizado à margem da rodovia Candido Portinari, em área rural.
Os obstáculos, de acordo com a PM, não geram dificuldades para os presos escalarem a cerca e fugirem.
As primeiras duas fugas foram registradas no último dia 20 de setembro no período da noite, segundo a polícia. Os outros dois casos aconteceram no dia seguinte, no período da tarde.
Ainda de acordo com informações policiais, nenhum dos cinco fugitivos havia sido encontrado até o final da tarde de ontem.
A cadeia tem capacidade para abrigar 1.048 detentos. Com autorização da Justiça e da direção do presídio, eles podem deixar o prédio durante o dia para trabalhar e voltar no período da noite.
Atualmente, a unidade conta com 528 presos. Eles estão vindo de outras unidades prisionais do Estado por transferências.
A direção da SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) informou por meio de sua assessoria de imprensa, que a corregedoria administrativa do sistema penitenciário vai investigar as cinco fugas, já que por se tratar de um regime semiaberto, tem grau de segurança menor que de regime fechado.
A SAP informou também, que já abriu procedimentos internos para investigar eventuais falhas funcionais.
O CPP foi inaugurado em meio a uma disputa judicial entre o governo do Estado, responsável pela obra, e a prefeitura de Jardinópolis, que é contra a instalação da unidade no município. O custo da obra foi de R$ 51 milhões. Como o presídio recebe apenas presos do regime semiaberto, não há agentes de escolta e vigilância.
