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Ribeirão

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Clínica onde Longo se tratou cobra R$ 1.000

JOÃO ALBERTO PEDRINI DO ENVIADO ESPECIAL A IPUÃ E SÃO JOAQUIM DA BARRA

A Comunidade Terapêutica Santa Rita de Cássia 2, em Ipuã, onde Guilherme Raymo Longo, 28, fez tratamento por sete meses ao longo do ano passado, cobra R$ 1.000 mensais de seus pacientes ou familiares pela internação.

O local funciona também com convênios com o poder público --mas não tem acordo fechado com a administração de Ribeirão Preto--, nas áreas médica, psicológica e, também, de recreação.

"Enquanto ele [Longo] esteve aqui, seu comportamento era como o dos outros", disse Pedro Alberto de Souza, 29, coordenador da clínica.

Ele é a pessoa que mais manteve contato com o padrasto de Joaquim Ponte Marques, 3, durante o período de internação.

Souza contou que depois que Longo se mudou para Ribeirão Preto, perdeu contato pessoal com ele, mas seguia conversando por meio de redes sociais.

O padrasto afirmou à polícia de Ribeirão que voltou a usar drogas e que, na noite do suposto desaparecimento de Joaquim, saiu de casa para tentar comprar entorpecente.

Para Souza, Longo deveria ter procurado a clínica novamente depois de sofrer uma recaída e consumir álcool. Foi no local que ele conheceu a mulher e mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29.

De acordo com os funcionários que conviveram com Longo, a relação dele com Joaquim era de afeto. Para a polícia, porém, o padrasto é o principal suspeito da morte do menino.

Eles afirmaram ainda que o relacionamento com Natália era "normal". Os funcionários se referem ao período em que os dois conviveram juntos no local.

Psicóloga, Natália começou a trabalhar na comunidade em abril de 2011. Longo iniciou atendimento em fevereiro de 2012 para se livrar do uso de cocaína e álcool.

Em agosto do ano passado, ele concluiu o tratamento e passou a trabalhar na clínica como estagiário. Foi quando os dois iniciaram o relacionamento. Dois meses depois, o casal deixou a unidade e se mudou para Ribeirão.

Natália morava até então com os pais, num apartamento em São Joaquim da Barra, a 32 quilômetros de Ipuã.

Em São Joaquim, o taxista José Carlos Sansão, ligado aos avós de Joaquim, disse que a família era unida e de bom relacionamento com todos.

"O menino [Joaquim] descia do prédio onde morava e ficava brincando na praça. Mas nunca vi o Guilherme por aqui."


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