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Ribeirão

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Polícia usa 4 elementos para indiciar Longo

Sumiço de insulina, trajeto feito por cão farejador, ciúmes e comportamento agressivo são listados em inquérito

Advogado do padrasto afirma que não há provas de que seu cliente matou garoto e pedirá habeas corpus

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

O indiciamento do técnico em informática Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, foi baseado pela Polícia Civil de Ribeirão em quatro pontos principais.

Ontem, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro entregou o inquérito, com 1.400 páginas, à Justiça. Ele não falou com a Folha.

O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, que acompanha o caso, afirmou que o primeiro ponto é o sumiço de cerca de cem doses de insulina da caneta aplicadora que era usada por Joaquim, que era diabético.

Os outros são a reconstituição do trajeto feito por Joaquim e Longo, a partir de rastreamento feito por um cachorro do canil da Polícia Militar, o ciúme que o padrasto tinha do menino e as supostas atitudes violentas que eram demonstradas por ele.

O corpo de Joaquim foi encontrado no dia 10 de novembro no rio Pardo, em Barretos, cinco dias após a família comunicar seu sumiço.

Para a polícia e a Promotoria, a morte foi causada por uma alta dosagem de insulina. O advogado do padrasto afirma não haver provas (leia texto nesta página).

O padrasto foi indiciado pela polícia sob a suspeita de homicídio triplamente qualificado. Ele e Natália Ponte, mãe do garoto, deverão ter a prisão preventiva pedida pela Promotoria.

Embora a polícia não tenha indiciado Natália, o promotor afirmou que irá denunciá-la por omissão. "Ela disse que acreditava que o marido havia matado o filho. Os elementos que teve para afirmar foram adquiridos antes da morte, e não depois", disse.

TESE

Durante o inquérito, a polícia usou um cão para refazer os últimos trajetos de Joaquim e Longo. Nos dois casos, o caminho termina no córrego Tanquinho. É o local em que a polícia acredita que o corpo do garoto foi jogado.

Segundo a polícia, não havia água em seus pulmões, o que significa que ele foi morto antes de ser jogado.

As outras duas supostas provas são referentes ao comportamento de Longo, baseadas em depoimentos de testemunhas e de Natália.

O fato de Longo ter ciúme de Joaquim, por ele ser de outro relacionamento de Natália, e seu comportamento agressivo fecham a tese policial para o caso.


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