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Ribeirão

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Ao gosto do freguês

Cervejas sob encomenda impulsionam mercado na região

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

Foi-se o tempo em que bebedores de cerveja tomavam apenas aquelas marcas tradicionais, fabricadas pela grande indústria ou cervejarias. Hoje, as opções são infinitas, já que qualquer um pode ter a sua cerveja feita especialmente sob encomenda: com nome próprio, rótulo único e sabor exclusivo.

É o que acontece, por exemplo, na região de Ribeirão Preto, onde cervejarias apostam cada vez mais nos produtos artesanais elaborados sob pedidos dos mais variados clientes. Há, por exemplo, rótulos que estampam de bandas de rock a raças de boi.

Hoje, dos 38 rótulos produzidos em quatro fábricas da região, 16 deles, ou seja, 42%, são feitos sob encomenda.

Há dois anos, o número de cervejas feitas sob pedido não chegava a 10% da produção. E a procura tem aumentado.

Cada cerveja encomendada tem receita própria. Os ingredientes são definidos ou pelo mestre-cervejeiro da fábrica ou pelo contratante.

"A procura é grande. Recebemos muitas propostas", diz Rodrigo Silveira, mestre-cervejeiro e proprietário da Invicta, cervejaria de Ribeirão que mais produz cervejas sob encomenda na região.

São sete, entre elas a Ongole e a Gir, que levam nomes de raças de gado e que são direcionadas, principalmente, para pecuaristas e profissionais que lidam com boi. Segundo o empresário André Rodini, autor da encomenda, são 3.000 litros por mês.

De acordo com Silveira, o carro-chefe das terceirizadas na Invicta são três cervejas da banda paulistana Velhas Virgens, que começaram a ser produzidas em abril de 2012. Tuca Paiva, baixista, e que ajudou a elaborar as receitas, revela que os rótulos chegam hoje a todo o país.

"A banda já tem uma temática voltada ao lance da cerveja", afirma Tuca. "Então, resolvemos lançar uma e está dando certo."

A Lund, também de Ribeirão, além de produzir duas marcas próprias, fabrica duas cervejas para restaurantes da cidade: a Gustus, para o Gustus Goumert, e a Vadinho, vendida numa unidade do Mousse Cake (café) e em três da Keeki (comida japonesa).

Dalva Ali Mere, presidente da Lund, diz que as duas cervejas são responsáveis pela produção de 3.000 litros da cervejaria, que pode fabricar 12 mil litros por mês.

Leandro Costa, gerente do Gustus, diz que a cerveja é vendida exclusivamente no local desde 2012. "Teve uma ótima aceitação. É um diferencial da casa". De acordo com ele, há clientes que vão à empresa para conhecer a cerveja, que deu mais notoriedade ao restaurante.

Já a Vadinho foi encomendada pelo dono das redes Keeki e Mousse Cake, Osvaldo Silva do Amaral Júnior, em homenagem ao pai, já morto, cujo apelido empresta o nome à cerveja.

A Lünen Bier, de São Joaquim da Barra, começou a produzir em maio de 2013 três rótulos que levam o nome da banda Ultraje a Rigor. Em novembro, a Colorado, de Ribeirão --uma das mais tradicionais do Brasil--, começou a produzir a cerveja dos Titãs. (leia texto abaixo)

Tarsia do Carmo, diretora da Lünen, disse que a fábrica ainda produz a cerveja Radinho para o Empório Radinho, de Morro Agudo, e a Tereza Extra Top, da Mr. Beer, franquia especializada na venda de cervejas artesanais.

Ela diz que as cinco cervejas feitas sob encomenda representam 80% do faturamento da fábrica.

Em São Paulo, o ICI Brasserie --restaurante francês localizado no Iguatemi-- comercializa uma cerveja exclusiva e, segundo a casa, "traz um olhar moderno para o conceito onde a cerveja é tão importante quanto a comida". Quem faz é a Colorado.


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