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Mãe de Joaquim é presa por ordem judicial

Natália Mingoni Ponte volta à cadeia de Franca, de onde saiu em dezembro; padrasto segue detido em Barretos

Decisão atende pedido da Promotoria, que denunciou psicóloga por omissão na morte do filho, em novembro

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29, mãe do menino Joaquim Ponte Marques, 3, voltou à cadeia ontem após a Justiça decretar a prisão preventiva dela e do seu marido, o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto do garoto.

Ambos foram denunciados quinta-feira pelo Ministério Público Estadual pela morte do menino. O corpo de Joaquim foi achado no rio Pardo, em Barretos, em 10 de novembro, cinco dias após o casal comunicar o suposto desaparecimento. O caso completa dois meses hoje.

Para a polícia e a Promotoria, no entanto, Longo matou a criança dentro da casa da família, no Jardim Independência, com uma superdosagem de insulina --o garoto era diabético.

Depois, ainda conforme a denúncia, jogou o corpo no córrego Tanquinho, a 200 metros da casa. O córrego deságua no ribeirão Preto, que é afluente do rio Pardo.

Embora Natália não tenha sido indiciada pela polícia --o delegado disse não ver participação dela na morte--, o promotor Marcus Tulio Nicolino a denunciou sob a acusação de omissão.

Segundo ele, Natália sabia do risco que Joaquim corria ao se relacionar com Longo, considerado agressivo.

O padrasto foi denunciado pelo Ministério Público sob a suspeita de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo o diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), João Osinski Júnior, Natália foi encaminhada à cadeia feminina de Franca, onde ficou presa até 11 de dezembro.

Um habeas corpus, obtido por um advogado que não atua no caso, a livrou da prisão à época.

Já Longo segue preso na Delegacia Seccional de Barretos. A prisão temporária do padrasto de Joaquim venceria na próxima sexta-feira.

Agora, com a prisão preventiva, ambos devem ser transferidos para um CDP (Centro de Detenção Provisória), onde devem permanecer até o final do julgamento, se não houver novo recurso.

OUTRO LADO

O advogado Cássio Alberto Gomes Ferreira, que representa Natália, afirmou na noite de ontem que ainda não teve informações sobre a prisão da psicóloga. Disse que estava fora da cidade e que não conseguiu entrar em contato com a família.

Já Antônio Carlos de Oliveira, defensor do padrasto, afirmou que deve protocolar um pedido de habeas corpus para o seu cliente até a próxima quarta-feira. "A comoção social em si não é motivo idôneo para a decretação da [prisão] preventiva", afirmou.

O advogado alegou que não há motivos para que o padrasto de Joaquim fique preso, já que ele sempre "contribuiu com o andamento das investigações, tem residência fixa e emprego idôneo".

Ainda conforme ele, não há provas contra seu cliente e a investigação da polícia apresenta falhas.

Ele cita a falta de perícia nos sapatos de Longo, a ausência de contraprova em um exame feito com o cão farejador da Polícia Militar e a falta de precisão na data da morte do garoto como alguns dos problemas na investigação.

A Polícia Civil afirma que a culpa de Longo é provada no inquérito pela investigação, testemunhos e perícias.


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