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Matão privatiza serviços de água e esgoto por 30 anos
A empresa Águas de Matão, do grupo Aegea, deverá investir R$ 75 milhões no município durante o período
A Prefeitura de Matão assinou ontem contrato de concessão dos serviços de água e esgoto por 30 anos. A empresa vencedora de licitação terá de investir R$ 75 milhões no período.
A Águas de Matão, que faz parte do grupo Aegea Saneamento, que atua em outras 29 cidades de seis Estados, passa a ser a concessionária dos serviços de captação, tratamento, adução e distribuição de água na cidade.
Apesar da concessão, os valores das tarifas de água e esgoto serão controlados pela administração municipal, de acordo com a prefeitura.
Como contrapartida, a empresa assumiu uma dívida de R$ 24 milhões acumulada pela autarquia Caema (Companhia de Água e Esgoto de Matão), de acordo com o prefeito Chico Dumont (PT).
A concessão prevê, além do pagamento da dívida, um investimento de R$ 75 milhões até 2044.
"Somente o prefeito pode autorizar [o aumento na tarifa] e não haverá acréscimo até que a empresa consiga tratar 100% do esgoto da cidade", afirmou o prefeito.
De acordo com o superintendente da Caema, Luiz Gonzaga Bussola, não só a tarifa, mas outras atividades da empresa terão acompanhamento da prefeitura.
O aumento previsto na tarifa com a totalização do tratamento de esgoto, de acordo com o chefe do Executivo, será de 33%.
O diretor-executivo da empresa Águas de Matão, Josélio Alves Raymundo, afirmou que a previsão é que esta etapa seja cumprida em dois anos. A cidade trata atualmente 85% do seu esgoto.
META
De acordo a licitação, a Águas de Matão precisa aplicar 21% do investimento total nos seus cinco primeiros anos de atuação na cidade. Entre os investimentos, Raymundo disse que será construída uma nova estação de tratamento de água no distrito de São Lourenço do Turvo.
O prefeito afirmou que a concessão foi feita porque o município já não conseguia mais arcar com a dívida e despesas da autarquia.
De acordo com Dumont, essa falta de verba prejudicava o sistema e os usuários. "Já estávamos enfrentando alguns problemas de desabastecimento", disse.
