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Sem acordo, servidores entram em greve na próxima 4ª
A partir de hoje, funcionários públicos de Ribeirão Preto trabalham em estado de greve; amanhã, professores paralisarão as aulas
Os servidores municipais de Ribeirão Preto decidiram entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (26).
A partir de hoje, a categoria entra oficialmente em estado de greve, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues.
A decisão foi tomada após votação em assembleia realizada na noite de ontem, após servidores rejeitarem a contraproposta do governo Dárcy Vera (PSD) em relação aos pedidos de aumento de salário e do vale-alimentação.
O sindicato pediu aumento de 16% nos salários, além da equiparação do vale-alimentação ao valor do salário mínimo --que passaria dos atuais R$ 500 para R$ 724.
A prefeitura propôs um reajuste salarial de 5,56%, baseado no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), argumentando que um índice maior desrespeitaria a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que estabelece limites para gastos com folha.
Já no vale, a prefeitura ofereceu 10% de aumento (de R$ 500 para R$ 550).
"A proposta é um desrespeito com o funcionário", disse Rodrigues, em nota. De acordo com ele, o governo não levou em consideração as reivindicações "construídas" com os servidores.
A prefeitura deverá ser informada sobre a greve hoje.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que se manifestará depois da notificação do sindicato.
Ontem, servidores fizeram um protesto em frente ao Palácio Rio Branco, sede da prefeitura, durante a manhã.
O sindicato também montou uma central de denúncias para receber informações sobre funcionários comissionados sem vínculo.
De acordo com Rodrigues, esses cargos, chamados de "sanguessugas", oneram o Executivo.
PARALISAÇÃO
Amanhã, alunos de 15 escolas deverão ficar sem aulas por causa de uma paralisação de professores municipais.
Eles deverão protestar em frente à Secretaria da Educação contra o fechamento e a superlotação de salas de aula, medidas autorizadas pela Justiça de Ribeirão Preto.
Pais de estudantes também devem comparecer.