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Comércio de Franca demite 123 em fevereiro

Dados são do Ministério do Trabalho; comerciantes alegam que falta de estacionamento causou corte de funcionários

Prefeitura nega relação e afirma que economia não favorece o setor; foi o pior resultado no período desde 2009

DE RIBEIRÃO PRETO

As demissões do comércio de Franca no mês de fevereiro atingiram 123 trabalhadores. Foi o maior número para o período desde 2009, quando a crise global atingiu a economia brasileira.

Os comerciantes da região central da cidade alegam que os cortes são reflexo da queda nas vendas, verificada após a prefeitura proibir o estacionamento de veículos no local, em agosto de 2013.

A prefeitura negou a relação e informou que a queda nas vendas é causada pela economia em baixa no país e que novas vagas pagas de estacionamento foram criadas no entorno da região.

Em fevereiro de 2009, o comércio demitiu 161 funcionários, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. O número é a diferença entre as contratações e desligamentos no setor.

Sócio de uma lanchonete no centro há 15 anos, o empresário Adelmo Neves Carrijo, 39, demitiu dois dos seus 11 funcionários neste mês.

Segundo ele, houve queda nas vendas desde o início da proibição. E o que segurou as demissões foram as vendas maiores no final do ano, o que é comum no comércio.

"Chegou em um ponto em que não conseguimos mais segurar os empregos. As vendas caíram muito", disse.

"O pessoal vem aqui para buscar encomendas de salgado. É algo que leva cinco minutos. Os clientes não vão pagar uma hora de estacionamento só para entrar aqui", afirmou o comerciante.

QUEDA

O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Franca, Reginaldo Galvani, afirmou que, em uma pesquisa informal, o sindicato registrou uma queda de 40% das vendas entre os comerciantes da região.

A Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) afirmou que outras demissões também foram registradas por causa da falta de estacionamento na região.

Estudo da associação aponta que 70% dos comerciantes registraram queda nas vendas. Desses, 72% disseram ter registrado queda no faturamento de 20% a 50%.

A Acif pede a revogação da proibição desde que a regra foi imposta.

No dia 27 de fevereiro, grupos entregaram um abaixo-assinado com 5.000 adesões reivindicando as vagas.

A Acif e o Sindicato dos Empregados do Comércio de Franca pediram à Justiça na última quinta-feira a anulação da decisão da prefeitura. Ainda não houve decisão.

A direção afirmou que a entidade ingressou com a ação judicial após o "esgotamento" de todas as tentativas de negociação com o prefeito Alexandre Ferreira (PSDB).

O secretário da Segurança e Cidadania de Franca, Sérgio Buranelli, responsável também pelo departamento de trânsito, afirmou que a eliminação de vagas contribui para a melhoria do trânsito.

"O objetivo foi permitir melhor fluidez dos veículos no centro de Franca."


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