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Família faz campanha para salvar bebê

Após descobrir tumor, gestante faz cesárea, e morre; criança segue internada em UTI

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

Após começar a namorar, descobrir a gravidez e casar, a gestante Patrícia Alves Cabrera, 27, se viu obrigada a dar à luz para salvar o filho com apenas seis meses de gestação.

O nascimento do prematuro, Arthur, ocorreu no dia 14 deste mês, e Patrícia, que descobriu um tumor no ano passado, morreu no dia 17, três dias depois de se tornar mãe.

O caso comoveu o município de Araraquara mobilizando milhares de pessoas, na cidade e na internet.

Uma campanha está sendo realizada via redes sociais para arrecadar dinheiro para o pai, Felipe Cabrera Padovani, 26, que é garçom, pagar os custos do hospital onde o bebê está internado.

De acordo com ele, uma diária na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal do Hospital São Paulo, onde o seu filho está internado, custa R$ 4.000.

Em uma rede social foi criada a página "Amigos da Patrícia, Felipe e Arthur", que já mobilizou mais de 8.600 pessoas, com objetivo divulgar informações sobre como ajudar pai e filho.

Além disso, estão surgindo ações individuais, como rifas, que são divulgadas na página. Hoje, as despesas com o hospital já chegaram a R$ 50 mil, segundo Padovani, que teme ser obrigado a transferir a criança para um hospital público.

"Meu filho exige muitos cuidados, ainda corre risco de infecção e tem pelo menos três meses pela frente no hospital", disse ele, que entrou com pedido de liminar na Justiça para obrigar o governo do Estado de São Paulo a custear o tratamento do filho.

Patrícia viu Arthur apenas uma vez, no dia seguinte ao seu nascimento. Ela já havia tratado, há dois anos, um câncer de mama.

Felipe conta que conheceu a mulher no restaurante onde ele trabalha.

Eles começaram a namorar em julho de 2013. No mês de outubro, ela descobriu a doença no fígado. Dois meses depois, soube que estava grávida. A princípio, os médicos que a acompanhavam diziam que a gravidez poderia prosseguir normalmente.

Felipe afirmou ainda que em março deste ano médicos do Hospital do Câncer de Barretos disseram que a doença estava controlada.

Porém, neste mês, a situação se agravou, após ela sentir dores na barriga e nas costas. "Foi tudo muito rápido. Em poucos dias, tudo mudou de repente", afirmou.

Patrícia precisou ser submetida a uma cesariana de urgência no dia 14.

"Preciso ser forte agora, meu filho precisa de mim", afirmou Padovani.


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