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Sem recursos, região vê nº de crimes crescer
Sindicato dos policiais civis diz que a estrutura é praticamente a mesma há 15 anos; produtividade também caiu
Diretor do Polícia Civil diz que efetivo da região trabalha no limite, mas afirma não saber porque índices não diminuem
Sem aumento de efetivo e novos recursos para as polícias, a região de Ribeirão Preto registrou aumento de casos nos principais crimes nos últimos quatro anos.
No primeiro quadrimestre deste ano foram 831 roubos de veículos, o número é 2,5 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2011, quando o Estado passou a divulgar os dados.
Para o presidente do Sinpol-RP (sindicato dos policiais civis), Eumauri da Mata, a estrutura da polícia da região é a mesma há 15 anos.
Segundo ele, nos últimos cinco anos não houve a reposição ou reforço de policiais.
"Muita gente aposentou e não foi reposta. Além da criminalidade aumentar porque a população cresceu, ainda tem a redução de policiais."
Segundo ele, a principal deficiência é verificada nos cargos de escrivão e investigador, o que prejudica o andamento de inquéritos.
"O pior é que não há previsão de contratações suficientes. A tendência é que os índices piorem", afirmou.
O número de roubo de carros se acentuou neste ano. Em comparação com o primeiro quadrimestre de 2013, o aumento foi de 64%.
Além dos roubos de carros, os homicídios aumentaram 30%, os roubos cresceram 41% e furtos de veículos, 25%.
Enquanto isso, a produtividade policial registrou queda neste ano. As prisões efetuadas caíram 8% e o número de armas apreendidas caiu 0,5%, em relação ao mesmo período do ano passado.
O delegado João Osinski Júnior, diretor da Civil na região, disse que o efetivo está trabalhando no limite.
"Existe uma atuação forte da polícia, mas não há decréscimo nos crimes e não sei porque isso ocorre", disse.
Segundo ele, o governo abriu concurso para 6.000 vagas na Polícia Civil, o que mostra que há falta de policiais no Estado de São Paulo.
"A gente pediu recurso para o Estado e está vindo, mas os policias demoram ao menos seis meses para chegar porque serão capacitados."
