Folha de S.Paulo

Araraquara quer decidir terceirização de UPA em um mês

DE RIBEIRÃO PRETO

Em no máximo um mês, a Secretaria da Saúde de Araraquara pretende finalizar o processo de terceirização da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Central da cidade, que deve ser gerida por uma organização social.

Na semana passada, a prefeitura iniciou o processo de terceirização da UPA, e, nesta semana, quatro empresas interessadas em assumir a gestão do local foram qualificadas, segundo o secretário da Saúde, Wilson Aravechia.

Os nomes não foram divulgados. A Secretaria da Fazenda está calculando qual será o recurso orçamentário necessário. Porém, Aravechia disse que a mudança deve gerar economia.

"O custo previsto é de R$ 1,2 milhão para seis meses, considerando o pagamento total das horas contratadas dos médicos. Hoje, a prefeitura gasta, em um único mês, R$ 925 mil com a folha de pagamento de horas de trabalho para os médicos de urgência e emergência", disse.

Segundo o secretário, a terceirização é a única saída, já que os médicos não estariam cumprindo escala e comparecendo aos plantões.

Só no ano passado, um único médico apresentou 36 atestados, segundo ele.

"Tem de ser uma empresa idônea. Serão levados em conta o valor cobrado e a qualidade", disse.

O secretário afirmou que, por enquanto, a terceirização é prevista apenas para a UPA Central, que trabalha com uma média de 500 atendimentos diariamente, quando o recomendado pelo Ministério da Saúde é 350.

Aravechia disse que será feito um contrato emergencial por um período de três meses e, depois, um contrato definitivo por um ano, podendo ser prorrogável.

Com a nova gestão, os médicos do quadro municipal deverão ser usados para reforçar o atendimento na UPA da Vila Xavier --de menor porte-- e no futuro pronto-atendimento no bairro Selmi Dei. A maternidade Gota de Leite já é administrada por uma organização social.

Segundo ele, a prefeitura deve negociar com a Uniara (centro universitário) para transformar a unidade em centro de saúde-escola.