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Ribeirão

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Jogo da Copa lota apenas bares no centro

Apesar de expectativa de comerciantes, maior parte dos estabelecimentos na zona sul de Ribeirão ficaram vazios

Clima de tensão após série de ataques pode ter afetado movimento, disseram comerciantes; PM manteve patrulha

DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar da expectativa positiva de donos de bares e restaurantes de Ribeirão, nem todos registraram público para assistir a estreia do Brasil na Copa do Mundo.

Na zona sul, dos dez estabelecimentos visitados pela reportagem, sete estavam vazios. Já na região central, a situação foi diferente, com bares lotados de torcedores.

Proprietários afirmaram que, possivelmente, o esvaziamento se deu por causa da suspeita de ataques criminosos. Nos últimos 12 dias, ao menos 13 veículos foram incendiados ou depredados.

Segundo os comerciantes, a suspeita foi disseminada por redes sociais e dizia que bares e restaurantes seriam os alvos dos ataques. Policiais militares mantiveram o patrulhamento durante o jogo.

"Estou surpresa com a repercussão desta mensagem. Muitas pessoas comentaram", afirmou Erika Jarzinski, 35, dona do bar Fritz, no Alto da Boa Vista.

João Paulo Nogueira, 50, dono do bar Bali Hai, no Jardim São Luiz, afirmou que uma funcionária ficou com medo de ir trabalhar nesta quinta-feira (12). "Ela temia que, se o Brasil perdesse, haveria ataques a ônibus."

CENTRO

No bar e restaurante Paddock, a torcida presente reproduziu o movimento sentido no Itaquerão, na zona leste da capital paulista, sede da abertura do Mundial e do primeiro jogo do Brasil.

Acompanhando os jogadores pelas imagens nos telões, os clientes cantaram o hino nacional com a mão ao peito. Vestidos com chapéus, camisetas e bandeiras verdes e amarelas, os frequentadores acompanharam a decoração do estabelecimento.

"Lá fora as ruas estão desertas, aqui dentro há música e as pessoas estão rindo. Isso vai ser uma loucura", disse o jornalista francês Marcaire Vincent, antes do início da partida. Ele está em Ribeirão para acompanhar a seleção do seu país.

O jornalista gravou o encontro para exibição no canal TF1, da França. "É bem diferente da França. Aqui o pessoal é mais extrovertido", disse Vincent.

"Vamos assistir sempre em bares. O clima é mais gostoso", disse a técnica de higiene bucal, Maila Melo, 33.

"Nós vamos migrar de bar em bar durante o Mundial", disse o vendedor Thales Rodrigues, 28.

No Cineclube Cauim, também no centro de Ribeirão, cerca de 80 torcedores acompanharam a partida na tela de cinema.

"Quanto mais gente, mais felicidade. Sem dúvida vou assistir os jogos sempre fora de casa", afirmou o gerente de sorveteria Ruber Bastos, 25, no segundo tempo. Por lá, jornalistas franceses também acompanharam a exibição da partida.


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