Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Museu de Araraquara fica sem câmeras
Prédio, que abriga objetos da história ferroviária do município, contava com a vigilância de cinco equipamentos
Contrato com empresa terminou em junho, mas prefeitura informa que estuda voltar a fazer o monitoramento
O Museu Ferroviário de Araraquara está sem monitoramento de câmeras de segurança desde o começo deste mês, quando terminou o contrato com a empresa responsável pelo serviço, a Gocil.
Uma funcionária disse à Folha que cinco câmeras foram retiradas do local. São duas na área externa e outras três na área interna.
O município de Araraquara vive uma crise financeira, o que tem afetado serviços públicos.
Desde o ano passado, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) tem tomado diversas medidas para conter gastos, como, por exemplo, corte de funcionários públicos.
O museu, uma das opções de lazer no município, tem objetos ferroviários dos séculos 19 e 20, como uniforme de funcionários, fotos e materiais gráficos.
Do lado de fora do prédio há apenas buracos de pregos que sustentavam as câmeras.
Com uma funcionária do museu, a Folha obteve a informação de que algumas empresas foram até o local fazer orçamentos para a instalação de novas câmeras.
A previsão é que em duas semanas o município contrate uma empresa para a prestação dos serviços de monitoramento no local.
A Gocil começou a prestar serviços à Prefeitura de Araraquara em junho de 2008. Em maio, o município dispensou cerca de 60 vigilantes armados, empregados também pela empresa.
Por meio da sua assessoria, a Gocil informou apenas que vai realocar os vigilantes dispensados em outros municípios da região de Ribeirão Preto.
Agora, os prédios públicos na cidade são vigiados por guardas-municipais. Eles ficam em locais fixos, como no prédio da prefeitura.
O advogado Juarez Alves de Lima Junior, da Comissão de Direito Administrativo da OAB de Ribeirão, disse que, se o contrato terminou, o município deveria ter antecipado uma licitação para não deixar o museu sem câmeras.
"Todo contrato tem prazo para terminar. A prefeitura deveria prever isso, porque é responsabilidade do município zelar pelo patrimônio público", afirmou.
Lima Junior disse ainda que as câmeras são importantes porque ajudam a polícia a solucionar crimes.
A assessoria da prefeitura informou, em nota, que estuda a colocação de outros equipamentos nos prédios em que a empresa prestava serviço, inclusive no museu.
Também informou que os prédios possuem alarmes para garantir a segurança.