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Ribeirão

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Fogo destruiu 46% de reserva ecológica

Segundo o Instituto Florestal, que cuida da Mata de Santa Tereza, 72 dos 154 hectares foram atingidos pelo fogo

Técnicos estimam que a recuperação da mata vai exigir até R$ 500 mil; há suspeita de ação humana no incêndio

THOMAZ FERNANDES DE RIBEIRÃO PRETO

Em três dias de incêndio, o fogo destruiu 72 dos 154 hectares (46% da área) da Mata de Santa Tereza, em Ribeirão, segundo balanço divulgado nesta quarta (10) pelo Instituto Florestal, que cuida da área.

A recuperação já vem sendo discutida pelos técnicos e estima-se que deverá custar de R$ 400 mil a R$ 500 mil.

A mata é considerada a principal área verde do município. O fogo, iniciado na noite de 31 de agosto, só foi controlado no dia 3 de setembro. O local possui espécies raras de plantas e animais e é alvo de pesquisas.

O Instituto Florestal, que gere a unidade, fez o georreferenciamento da área e fez o cálculo definitivo do estrago. O Corpo de Bombeiros havia calculado a devastação em um terço da área total.

O gerente do instituto, Edson Montilha, disse que a área atingida era a mais degradada e suscetível ao fogo.

"A mata próxima à nascente, que possui mais árvores raras e melhor conservação foi mantida intacta", disse.

Montilha explicou que matas mais degradadas têm mais cipó e tipos de capim, que permitem que o fogo se propague mais rapidamente.

Não houve registros de animais mortos, mas Montilha disse que a queimada de praticamente metade da mata vai resultar na diminuição da oferta de alimentos.

RECUPERAÇÃO

O reflorestamento já vem sendo planejado e discutido, segundo o Instituto Florestal.

O dinheiro será captado das empresas privadas que aderem ao TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental) e a ideia é realizar os trabalhos em parceria com universidades.

Para evitar novos incêndios, segundo o gerente do instituto, a entrada para a mata deve ser mais dificultada e haverá um manejo para impedir o surgimento de cipós e capins.

Os três dias de fogo na semana passada chegaram a levar 55 bombeiros ao mesmo tempo, dois aviões e um helicóptero para a mata, além de quase uma dezena de caminhões-pipa. O fogo começou em um bambuzal próximo à mata e há suspeita de ter surgido por ação humana.


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