Folha de S.Paulo

Seis secretarias e Cohab vão perder R$ 99 mi em 2013

ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar do crescimento de 16,56% projetado para o Orçamento 2013 de Ribeirão Preto, seis secretarias do governo Dárcy Vera (PSD) e a Cohab (companhia habitacional) vão receber menos dinheiro no ano que vem.

É o que prevê a proposta de Orçamento para o início do segundo mandato de Dárcy. O projeto está em análise na Câmara e estima receita de R$ 1,9 bilhão (mesmo valor em despesas) -para 2012, a previsão foi de R$ 1,63 bilhão.

Juntas, as secretarias de Obras, Planejamento e Gestão, Turismo, Esportes, Meio Ambiente e Negócios Jurídicos, além da Cohab, têm previsão de receber R$ 99 milhões a menos em 2013.

Dos órgãos da administração direta -secretarias de governo-, Obras terá a maior redução em valores reais (veja quadro ao lado).

A pasta responsável pelos serviços de construção de pontes e gerenciamento de todas as obras municipais passa de um orçamento atual de R$ 43,21 milhões para a previsão de R$ 30,21 milhões.

O secretário Abranche Fuad Abdo, que deve permanecer no governo para o segundo mandato, afirma que o repasse menor não deve prejudicar (leia texto abaixo).

Nos últimos 15 dias, duas pontes cederam em Ribeirão. Uma delas prejudica o trânsito da avenida Francisco Junqueira, uma das principais da cidade, até hoje -e o problema vai persistir por mais três meses, prazo mínimo destinado para a reconstrução.

A Secretaria do Turismo, com R$ 3,1 milhões em 2012, é o setor com maior queda percentual de verbas previstas. A estimativa é de R$ 1,56 milhão para o ano que vem.

Palco das suspeitas de destinação irregular de imóveis populares que envolveram até a prefeita Dárcy no final de 2011, a Cohab -sociedade de economia mista vinculada à prefeitura- também tem uma previsão de orçamento para investimentos menor.

Segundo a proposta orçamentária, a companhia terá R$ 255 milhões no próximo ano, R$ 75,6 milhões a menos em relação a 2012.

QUEM GANHA MAIS

Entre os setores da administração que terão aumentos de recursos mais expressivos (acima de R$ 10 milhões) estão as secretarias da Saúde e da Educação, a Guarda Civil Municipal, além de um item classificado como "encargos do município".

Esse item consumirá no ano que vem R$ 213,6 milhões ante os R$ 162 milhões de 2012 -R$ 51,66 milhões a mais. Já a Guarda verá seu orçamento quase que dobrar, passando de R$ 13,1 milhões para R$ 24,3 milhões.