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Ribeirão

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Prefeituras iniciam 'caçada' a médicos

Faltam ao menos 138 profissionais em sete municípios; salário baixo e estrutura afugentam candidatos, diz órgão

Secretário de Ribeirão diz que um dos entraves está na mentalidade de médicos sobre o serviço na rede pública

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Novos prefeitos ou reeleitos de ao menos sete cidades da região de Ribeirão Preto correm, já neste começo de gestão, atrás da mão de obra mais em falta nos municípios: médicos na rede pública.

Faltam no mínimo 138 profissionais para atuar na atenção básica das prefeituras de Ribeirão, Franca, São Carlos, Araraquara, Sertãozinho, Matão e Batatais.

Os mais procurados são os chamados médicos de saúde da família e também os que atendem emergências, principalmente para os novos pronto-socorros inaugurados ou em construção na região.

Mas há vagas ainda para especialidades como psiquiatria, neurologia e pediatria.

Salários não atraentes, falta de estrutura de apoio ao diagnóstico (como exames) e até risco de ser agredido nas unidades públicas afugentam candidatos, diz o Cremesp, o conselho estadual de medicina.

Com a maior rede da região, formada por 600 médicos, Ribeirão deve abrir concurso para mais 25 profissionais, entre eles saúde da família e emergencialista.

O secretário da Saúde, Stenio Miranda, diz que Ribeirão não tem dificuldade em atrair candidatos. Mas um dos entraves, afirma, está na mentalidade deles sobre o serviço na rede pública.

"As universidades não formam profissionais tecnicamente e ideologicamente preparados para trabalhar no Sistema Único de Saúde, afirma. "Mas formam para superespecialidades, com perspectivas de trabalho que não são reais para o Brasil."

Ele contesta as queixas sobre salário. "Em razão dessa mentalidade do médico, ele não aceita tranquilamente ser empregado. Não há salário que satisfaça o médico. Quando pergunto a colegas qual salário você acha ideal, eles param para pensar e não acham um valor."

REGIÃO

Em Franca, onde atuam 250 médicos no serviço municipal, estão sendo convocados 32 que já passaram em concurso, mas ainda há carência de mais 28.

"A reclamação é salarial. Os médicos precisam trabalhar em vários locais para compor o salário. É uma dificuldade em todo o país", disse a secretária da Saúde, Rosane Moscardini Alonso.

São Carlos está selecionando candidatos de processo seletivo aberto no fim de 2012. Hoje são 208 na rede.

Em Araraquara, com 320 médicos, haverá concurso neste mês para 23 vagas.

Segundo o secretário Delorges Mano, em geral as seleções têm atraído candidatos, mas especialistas como pediatras até "planos de saúde demoram certo tempo para contar com o profissional".

Mesmo com dívidas e com meta de cortar servidores comissionados, a Prefeitura de Sertãozinho cogita abrir até dezembro concurso para contratar de 15 a 20 médicos.

Em Matão, com 90 médicos hoje, haverá concurso neste ano. Batatais, que possui cem profissionais, também tem meta de contratar -ainda definirão as vagas.

Barretos, Jaboticabal e Bebedouro não preveem a abertura de concursos.


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