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Creci diz ter autonomia para avalizar o IPTU
Alta do imposto supera teto de 130% aprovado
Único órgão consultado pela Prefeitura de Ribeirão para analisar a PGV (Planta Genérica de Valores), base de cálculo do IPTU, o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) afirma ter autonomia para cuidar do tema.
Vice-presidente do Creci no Estado, Walter Alves de Oliveira disse que as pessoas têm o direito de discutir o imposto, mas que valor de imóvel é prerrogativa de corretor.
A afirmação foi feita após presidentes de associações de bairro e instituições afirmarem que estudam questionar na Justiça a legalidade do reajuste. Uma das críticas é que o município ouviu apenas o Creci na correção da planta.
Conforme a Folha revelou ontem, há casos em que o imposto subiu 218%, acima dos 130% limitados por projeto aprovado na Câmara.
"Somos qualificados e temos a função reconhecida por lei. É nossa profissão. As entidades que me desculpem, mas quem tem que falar de valor é só o Creci", afirmou.
Ele disse ainda que, se outra organização fizesse a avaliação dos imóveis, haveria "conflito de competência".
O vice-presidente do órgão disse que, por conta do pouco tempo que o grupo de corretores teve para avaliar a PGV (dez dias), feita por amostragem, é possível haver distorções, como a Folha publicou em dezembro.
"Se o contribuinte achar que a avaliação foi incorreta, é só protocolar a reclamação que faremos a revisão."
