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Vigilantes votam sobre greve apenas na segunda
Trabalhadores definem às 7h se a paralisação continua em Ribeirão
Liminar que determina volta ao trabalho está em vigor, mas sindicato dos trabalhadores disse não ter sido notificado
Mesmo com a decisão da Justiça para que vigilantes de todo o Estado encerrem a greve que afeta principalmente bancos, os trabalhadores do setor na região de Ribeirão Preto só definem na próxima segunda-feira se voltam ou não ao trabalho.
Está prevista para as 7h de segunda-feira uma nova assembleia com os vigilantes, quando será votada a permanência ou não da greve.
Com a indefinição, a Febrabran (federação dos bancos) orienta os clientes a recorrerem às lotéricas ou a outros meios para operações bancárias, como caixas eletrônicos e telefone.
Duas entidades que representam as empresas de vigilância -a Abrevis, nacional, e a Sesvesp, paulista- conseguiram na Justiça do Trabalho liminares que determinam o fim da greve.
Mas o sindicato dos vigilantes na região diz não ter sido ainda notificado da decisão e, em assembleia, decidiu manter a greve ontem.
Sem os vigilantes, agências bancárias permaneceram fechadas. A situação causou transtorno principalmente depois da Quarta-Feira de Cinzas, quando o movimento nos bancos aumenta após o feriado de Carnaval.
Ontem, parte das agências permaneceu fechada. Segundo o sindicato, cerca de 1.200 trabalhadores pararam na região, metade deles somente em Ribeirão Preto.
Com a greve, ficaram fechadas cerca de 70 agências bancárias em Ribeirão, ainda segundo o sindicato.
NA JUSTIÇA
Enquanto deixa para segunda-feira a decisão de voltar ou não ao trabalho, o departamento jurídico do sindicato dos vigilantes também recorreu à Justiça.
Ontem, o advogado da entidade Eduardo Augusto de Oliveira ingressou na Justiça do Trabalho com uma ação civil pública, com pedido de uma liminar.
A ação pede que as empresas apliquem imediatamente a lei que determina o pagamento de 30% do adicional de insalubridade, que é a principal reivindicação e motivo para a greve.
A previsão de Oliveira é que o pedido de liminar seja apreciado na segunda pela Justiça do Trabalho.
O Sesvesp, em nota, diz que as empresas de segurança privada "não estão se negando a oferecer o benefício", mas afirma que "é preciso haver um esclarecimento sobre como o adicional será concedido" aos vigilantes.
Na quarta-feira, um dos dias de maior transtorno para os clientes, pelo menos seis agências bancárias estavam fechadas no centro e na avenida Presidente Vargas, onde ficam os principais bancos de Ribeirão.