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Ribeirão

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Há fila até em cidades com mais médicos

Região de Ribeirão Preto tem proporção elevada de profissionais, mas há espera para consulta com especialistas

Conselho Municipal de Saúde aponta fila para ortopedia, cardiologia e urologia em Ribeirão, mas secretário nega

DE RIBEIRÃO PRETO

A autônoma Mafalda Teixeira Miranda, 56, conseguiu em dez dias, entre consulta e cirurgia do quadril, resolver no HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo uma burocracia que se arrastou por quatro anos em Registro.

Após conviver por três anos com dores na coluna e na pélvis, ela foi diagnosticada com desgaste ósseo no quadril em 2007. O quadro exigia cirurgia, realizada no fim de 2011.

Para encurtar os quatro anos de espera nos dez dias, porém, Mafalda "fez barulho" e recorreu ao Ministério Público Estadual. A vaga no HC surgiu dias depois.

Mas até onde "sobram" médicos há queixas. Na capital, como a Folha revelou no dia 18 de janeiro, a espera é de 35 meses para um exame de detecção de problemas em nervos e músculos.

No município de Ribeirão Preto, com 4,34 médicos por mil habitantes, há demora para consultas nas áreas de ortopedia, cardiologia e urologia, de acordo com informações de membros do Conselho Municipal de Saúde.

O secretário da Saúde da Prefeitura de Ribeirão, Stenio Miranda, nega haver filas para a maioria das especialidades, mas admite que há espera no caso de ortopedia.

Essa espera ocorre, segundo Miranda, porque muitos clínicos gerais encaminham para especialistas casos simples que poderiam ser resolvidos por eles mesmos.

DOR E DEMORA

Com dores no joelho, o zelador Luiz Carlos Rezende, 51, diz já esperar há seis meses por um ortopedista em Ribeirão. Ele passou pelo menos por duas consultas com clínico geral na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Central.

"Disseram que iam mandar cartinha ou telefonar agendando a consulta com o ortopedista, mas até agora nada." As dores constantes no joelho o acompanham. "Outro dia caí na portaria porque deu um estalo no joe-lho e não aguentei a dor."

Mesmo quem já foi atendido enfrenta uma nova fila se precisar de aparelhos, como é o caso do aposentado Roberto Alves Pereira, 71.

Consultas com otorrinolaringologistas apontaram a necessidade de um aparelho contra surdez, que é fornecido pelo Estado. Pereira diz aguardar há quatro meses.

OUTRO LADO

Sobre a espera de Rezende, a Prefeitura de Ribeirão, em nota, disse que a consulta está marcada para 4 de março e que há carência de ortopedistas em todo país, "o que também dificulta a agilidade nas consultas".

Quanto ao aparelho de Pereira, o Estado não deu previsão, mas diz estar empenhado para atender às demandas. O governo informou ainda que depende de recurso federal para comprar mais aparelhos.


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