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Ribeirão

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Padrasto é condenado por matar enteado

Homem havia sido denunciado sob acusação de espancar bebê até a morte em crime ocorrido em 2009, em Ribeirão

Condenação é de 26 anos e oito meses; padrasto, que alegou que a criança caiu da cama, pode recorrer

DE RIBEIRÃO PRETO

Foi condenado ontem a 26 anos e oito meses de prisão por homicídio duplamente qualificado Edilson Roberto Nogueira, denunciado sob acusação de ter espancado e matado em Ribeirão Preto o enteado Gustavo Rafael Rodrigues, de um ano e quatro meses, em 2009.

O julgamento, feito por um júri popular, ocorreu no Fórum de Ribeirão. A defesa ainda pode recorrer.

O bebê morava com a mãe, Vanessa Paulino, e Nogueira em um hotel no centro da cidade. O homem estava sozinho com a criança quando o crime ocorreu.

Na época, o padrasto, então com 23 anos, havia dito que os ferimentos tinham sido provocados após a criança cair da cama.

O bebê foi levado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão, mas morreu dias depois.

VERSÃO CONTESTADA

A versão do padrasto foi contestada no plenário do júri ontem.

Segundo o promotor responsável pelo caso, José Roberto Marques, um médico-legista confirmou que a criança apresentava pelo corpo 56 equimoses (manchas na pele provocadas por extravasamento de sangue), muitas escoriações, rupturas gástrica e traumatismo.

Esses ferimentos, afirmou o legista, não poderiam ter sido provocados por uma queda, como alegava o réu.

O médico, ainda conforme o promotor, confirmou que as marcas só poderiam de sido causadas por espancamento.

Ouvido no plenário, o padrasto negou o crime e disse que não sabe quem foi o autor do espancamento.

Nogueira deve começar a cumprir a pena em regime fechado. Ele já estava preso na penitenciária de Serra Azul.

O homicídio foi considerado como duplamente qualificado (por motivo fútil e meio cruel).

"Para mim, a decisão foi satisfatória. O TJ [Tribunal de Justiça] reconheceu as provas do processo", disse o promotor à Folha, depois que o julgamento acabou.

A reportagem tentou ouvir os advogados de Nogueira para saber se eles vão recorrer da decisão, mas os defensores não foram localizados até o começo da noite de ontem.


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