Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Saúde e até paquera conquistam praticantes
Adeptos buscam o ciclismo noturno com amigos por diversos motivos
Há quem tenha iniciado prática em grupo depois de ter sido alvo de furto; bicicleta profissional custa até R$ 20 mil
Apesar da máxima "esporte é saúde", foi mesmo o apelo de uma amiga, interessada em um rapaz ciclista, que levou a cabeleireira Polyana Mariotto, 27, a participar de grupos noturnos de bikers.
O "paquera" deixou o grupo, mas as duas continuaram -as mulheres bikers, apesar de ainda exceções, têm ganhado cada vez mais espaço.
Coordenador do grupo da BC Ciclismo, Lucas Carluccio também destaca outro grupo em expansão: casais mais velhos, com mais de 60 anos. "E aqui há pessoas de todas as profissões. O legal é que a bike iguala todos", disse.
Ainda assim, não é um esporte exatamente barato. Polyana estima que já gastou cerca de R$ 8.000 com bike e equipamentos -só a última bicicleta custa R$ 5.000. Mas existem colegas com bikes sofisticadas de até R$ 20 mil, o que os torna alvo de ladrões.
O designer Gustavo Ferraz, 38, optou pelos grupos de bike principalmente depois de ser roubado em 2010.
"Estávamos meu amigo e eu. Levaram as duas bicicletas", diz. "Foi a terceira ou quarta que me roubaram, se eu contar desde quando era garoto."
A orientação de Daniel Terra, diretor da equipe de ciclismo de Ribeirão, é que praticantes fujam de locais conhecido por roubos -como bairros mais afastados- e que estejam sempre atentos.
ESTRESSE
O radialista André Nami, 40, começou a pedalar há um ano para perder peso. É entusiasta das bikes: chegou a ter cinco -hoje são três.
Após dois anos parado, o comerciante André Montefeltro, 40, decidiu voltar a pedalar em grupo há seis meses.
Ele também frequenta a academia, mas sente um prazer diferente por pedalar à noite, após um dia de trabalho. "A gente sai um pouco da rotina. Bicicleta é mais dinâmica em ambiente externo. É um exercício mental."