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Falta de sistema dificulta criação de apps para smart TV
Atualmente, as lojas virtuais dos principais fabricantes de televisores inteligentes oferecem cerca de 2.400 aplicativos no Brasil
Diferente do mercado de desenvolvimento de aplicativos para os sistemas Android e iOS, o setor de smart TVs está ainda em fase embrionária.
Somando os aplicativos disponíveis em lojas virtuais das fabricantes Samsung, Philips, LG e Sony, o número chega a aproximadamente 2.400, enquanto a Google Play e a App Store juntas oferecem mais de 1 bilhão de apps.
O número limitado de aplicativos não é apenas um reflexo da quantidade menor de vendas de TVs.
A falta de um sistema operacional, como o Android, é o principal desafio enfrentado por programadores, apesar da existência de entidades como a Smart TV Alliance, que propõe a unificação da plataforma de desenvolvimento.
Atualmente, os apps precisam ser desenvolvidos para o hardware de cada TV e não podem travar, porque não há um fechamento inteligente caso haja problemas, segundo Ricardo Bontempo, coordenador-adjunto do curso de design gráfico da Universidade Anhembi Morumbi.
"Quando as televisões conectadas começarem a funcionar com sistemas operacionais, ficará bem mais fácil", afirma Bontempo.
A programação de aplicativos para smart TVs atualmente é feita em JavaScript ou HTML5, como acontece em apps de navegadores web.
Nessas condições, as fabricantes procuram empresas terceirizadas de desenvolvimento, como é o caso do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas Avançados de Recife), um centro de inovação que cria aplicativos brasileiros para televisores da Samsung.
Mais de 20 apps para exercícios e games educacionais foram criados pelo instituto, com foco no público brasileiro. Os aplicativos são controlados por gestos ou por comandos do controle remoto.
Uma equipe multidisciplinar atua na elaboração de ideias e tecnologias que podem ser aplicadas para aproveitar ao máximo a câmera e o sensor de movimento dos aparelhos.
Já a LG conta com duas equipes de desenvolvimento na criação de apps para TVs conectadas da marca: uma no Brasil e outra na Coreia.
"A função dos núcleos é pensar em aplicativos interessantes para o público de cada país", diz Paloma Santucci, gerente de smart TVs da LG.
