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Sufixo '.ong', que chega em 2015, será de filantrópicas

Empresa responsável pela terminação '.org' venderá apenas a ONG verificada

Para especialista, novos sufixos trazem ganho de segurança, já que, para funcionar, exigem padrões mais modernos

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

Entre as novas terminações da web recém-aprovadas, a que tem proposta mais promissora é provavelmente a do domínios ".ngo" e ".ong", siglas para organização não governamental, e seu sistema de autenticação.

A ideia é que somente entidades comprovadamente sem fins lucrativos possam criar sites com os sufixos, que significam, respectivamente, organização não governamental em inglês e em algumas línguas latinas (francês, espanhol, italiano e português).

Isso facilitaria reconhecer a autenticidade de tais instituições por doadores em potencial e, consequentemente, aumentaria suas rendas.

"O que queremos é levar as organizações para o mundo virtual", diz Ulrich Retzlaff, executivo da PIR (Public Internet Registry), empresa que é responsável por gerenciar a terminação atualmente em uso ".org" e pelas futuras ".ngo" e ".ong".

A verificação será feita pela própria PIR, por meio de associações que supervisionam ou cadastram o trabalho do terceiro setor em cada país --no Brasil, é a Abong.

"O.org' em si já é bastante confiado pelos internautas", diz Nancy Gofus, executiva-chefe de operação da PIR. "Mas qualquer um pode criar um site com a terminação, até o mal intencionado."

"No caso de um desastre como o tsunami no Japão [em 2011], durante o qual habitantes do mundo todo anseiam ajudar, mas não sabem em quem confiar, um site autenticado ajudaria muito", diz.

A PIR diz que disponibilizará os primeiros sites ".ong" no primeiro trimestre de 2015 --conversas com grandes instituições sem fins lucrativos e com associações relacionadas já estão em andamento.

Para Ulrich, a chegada dos novos domínios é importante por "levar a web a outros grupos e permitir sua diversificação". "A revolução digital também precisa ter um pouco de estrutura."

"É uma mudança radical", diz Gofus. "Nas décadas de existência da internet, há o que chamamos de três grandes (.com',.org' e.net') e os códigos de países. Depois dessa mudança, teremos milhares de escolhas. Isso é bom, mas pode gerar confusão no começo."

Sete empresas brasileiras fizeram pedidos de terminações, entre elas o UOL (".uol"), empresa do Grupo Folha, que edita a Folha.

"Os novos sufixos permitem um ganho de segurança, já que, para funcionar, exigem padrões técnicos mais modernos", diz Renato Targa, gerente de projetos e de marketing on-line do UOL.

Targa diz que ter o próprio domínio ajuda a empresa a "consolidar a marca". Como empresa de internet, diz, é "praticamente obrigatório investir na evolução do mercado."


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