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IRC, que um dia foi febre, hoje é reduto de desenvolvedores

STEFANIE SILVEIRA DE SÃO PAULO

Quem tem menos de 20 anos certamente não viveu a era IRC, mas, entre 1998 e 2003, milhares de adolescentes esperavam ansiosos o relógio marcar meia-noite para acessar a internet e passar a madrugada batendo papo com os amigos. Tempos em que a banda larga estava distante e era preciso economizar os pulsos da conta telefônica.

Durante um bom tempo, o mIRC, principal cliente de IRC, foi um "local de encontro" de jovens como é hoje o Facebook. Cada usuário se conectava com um apelido, o "nickname", e não havia imagens para identificar os participantes do chat. A interface era composta basicamente por caracteres escritos.

Além de conversar com muitas pessoas nos canais ou ficar no "pvt" (privativo) com apenas dois usuários, era possível compartilhar arquivos, algo que pedia paciência na era do modem 56 Kbytes.

O programa alcançou 150 milhões de downloads em seu auge, mas hoje, depois da chegada, primeiro, dos comunicadores instantâneos e, depois, das redes sociais, seu uso ficou bastante específico e o público, restrito.

Um dos exemplos de usuários remanescentes que acessam servidores IRC para trocar informações são participantes da comunidade software livre, desenvolvedores, consultores e programadores.

O consultor de tecnologia da informação, Juliano Foletto Reckziegel, 29, diz que acessa a rede para trocar experiências sobre a utilização de produtos ou resolução de problemas em software. "Eu acesso para buscar uma informação mais específica. É uma conversa técnica e restrita. Não é mais a rede que era antes."

Ele acredita que os desenvolvedores mantém o acesso em função do dinamismo. "Nos fóruns, não há o feedback em tempo real que existe com o mIRC."

Usuários do mundo todo acessam o servidor utilizado por desenvolvedores, e a língua oficial de conversa é o inglês. Ainda assim, para quem quiser trocar ideias em português há canais específicos com menos participantes.


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