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Celular deixará de ser um aparelho para se tornar identidade digital

Para executivo, smartphone pode virar uma mera plataforma que liga o cérebro ao ambiente

Nesse novo cenário, dispositivo compreende as necessidades do dono e cria funções para satisfazê-las

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você é daqueles que conferem o smartphone pela manhã antes mesmo de tirar os pés da cama, prepare-se. A intimidade entre você e o aparelho aumentará ainda mais nas próximas décadas.

O celular deixará de ser o dispositivo mais próximo do ser humano para se tornar parte de sua identidade.

Nesse processo, alguns aspectos do telefone atual ficarão ainda mais pessoais. Diga adeus, por exemplo, ao necessário número para fazer e receber chamadas.

"Atualmente, você está atrás de um número; quando alguém quer falar com você, precisa dele. No futuro, isso acaba e você passa a ser você", diz Roberto Soboll, diretor de produtos de telecomunicação da Samsung no país.

De certa forma, isso já acontece com algumas pessoas, que não memorizam mais números por conta das facilidades da agenda eletrônica dos celulares. Segundo o executivo, porém, esse é apenas o primeiro estágio rumo a uma espécie de identidade digital que poderá ser acionada quando alguém quiser estabelecer contato.

A Apple, por exemplo, já tem uma patente registrada em que o smartphone indica qual a melhor forma de acionar alguém -se por mensagem, chamada telefônica ou chamada por serviços de voz.

Por trás disso está a ideia de que, para as pessoas envolvidas no processo de comunicação, a via pela qual isso acontece não importa.

Para Julie Coppernoll, diretora de marketing do Mobile Communications Group da Intel, a identidade digital não só substituirá o número mas será pedaço de quem você é.

Isso significa que não será apenas um aparelho a tocar quando alguém acionar sua identidade -você poderá ser encontrado em qualquer um de seus dispositivos conectados, seja ele uma TV, um tablet ou um computador de bordo de automóvel.

"Os smartphones podem se tornar uma mera plataforma que liga o cérebro ao ambiente de seu usuário", define Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina.

O alto grau de intimidade entre smartphone e ser humano também acabará mudando a relação que temos com aplicativos e outras funções do aparelho. "Hoje, para conseguir um app, você tem que entrar na loja e procurar pelo que quer. Esse processo ainda é complicado e deve mudar", diz Soboll.

A mudança levaria a um cenário em que o dispositivo compreende as necessidades do dono e incorpora funções para satisfazê-las, sem que fosse preciso o esforço atual.

LIVRE

Com um aparelho que representa a identidade de seu usuário, a fidelidade a operadoras de telefonia tende a desaparecer. Um único aparelho atrelado a uma única empresa será coisa do passado, avaliam especialistas. E não será preciso ter chips diferentes para isso ser realidade.

"A relação entre cliente e operadora deverá ser quase igual à que hoje existe com bancos e financiadoras. Os aparelhos se conectarão a qualquer operadora que o usuário quiser, e não teremos mais dois ou três aparelhos, e sim um", diz Pablo Vidal, diretor de marketing da LG Electronics do Brasil.

A Apple também já conta com uma patente nessa área, em que o usuário poderia escolher a operadora como se ela fosse um aplicativo no aparelho.

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