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Depoimento - a prova mais bonita

Com estrada fechada, atleta percorre costa da Califórnia

Big Sur International Marathon acaba na deliciosa cidade de Carmel

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

A uma maratona criada para seduzir corações e mentes, músculos e pulmões pelo mundo afora, não basta ser bela, tem de ser gostosa.

E a Bsim (Big Sur International Marathon), assídua frequentadora do topo de listas de mais isso ou mais aquilo, é bonita e saborosa, desafiadora e reconfortante, desabando dos altos da cenográfica estrada californiana Highway 1 para terminar nos braços da deliciosa cidade praiana de Carmel.

A base de operações da prova é Monterey, que já foi capital da Califórnia nos séculos 18 e 19. A cidade ainda respira história e tem um circuito para visitantes interessados nesse aspecto, além de atrações bem mais contemporâneas, como um aquário muito legal e bares com música ao vivo.

Ao "maraturista", porém, o que importa é que Monterey nos recebe de braços abertos, disposta a agradar, cativando o turista pela boca, digamos assim: vários restaurantes oferecem descontos para os inscritos na Bsim.

Mas o que interessa mesmo é a corrida, especial já por existir: é uma das poucas vezes, se não a única, em que a Highway 1 é totalmente fechada ao tráfego. Durante exatas seis horas --e nem por um minuto a mais--, a trilha de asfalto rasgada na montanha é só dos corredores.

É preciso acordar cedo: os ônibus que levam à largada saem de Monterey e de hotéis da região a partir das 3h.

Uma artista canta o hino norte-americano, dispara-se o tiro, e cerca de 8.000 corredores partem --maratonistas somos só a metade, aproximadamente; a prova inclui várias outras modalidades.

Bandas musicais alegram o coração do atleta e tornam menos dolorida a tarefa de escalar 3,5 km sem descanso até o Hurricane Point, ponto mais alto da prova, onde ventos costumam castigar. Depois, não fica mais fácil: há subidas e descidas em penca, mas somos recompensados pelo cenário magnífico.

Prova terminada, há que deitar nos louros: um passeio a Carmel é de lei. Molhar os pés nas águas geladas do Pacífico e desfrutar das comidinhas dos simpáticos restaurantes na cidade em que tudo é limpo e arrumado são prazeres que confirmam a crença do maratonista: correr vale a pena. A prova será em abril, mas as vagas já estão esgotadas (bsim.org).


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