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Turismo

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Culinária centrada na carne desanima os vegetarianos

No café da manhã e na hora do almoço, o ingrediente principal é o queijo

Ulan Bator concentra quase a metade da população da Mongólia; fique atento e evite os golpes dos taxistas

PAULA RAMÓN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO NOROESTE DA MONGÓLIA

"Praticidade" é o adjetivo que descreve a cozinha do interior mongol. Condicionada à vida nômade, a comida numa das regiões mais frias e isoladas do planeta segue com poucos ingredientes desde a época do emblemático imperador mongol Gêngis Khan, séculos atrás.

A alimentação básica nômade inclui leite (de vaca, égua ou iaque), carne de carneiro e farinha. Apenas com essa base, os nômades, cazaques ou mongóis, preparam o menu anual que prescinde de eletrodomésticos e de redes de abastecimento: o fornecedor de cada ger (tenda) é o seu próprio curral.

Também do curral, a fonte de combustível do fogão é o esterco de iaque seco.

A refeição mais importante é o jantar, onde se costuma servir o horhog, um suculento pedaço de carne de ovelha fervido em água salgada, às vezes acompanhado de batata, cebola ou alho. A carne é cortada pelo chefe da família, que vai lançando os pedaços na mesma travessa de assar. Todos comem usando a mão: não há talheres e nem pratos na boa mesa mongol.

No café da manhã e no almoço, o ingrediente principal são os queijos (a Mongólia produz 40 tipos diferentes). Para acompanhar, pequenos pedaços de farinha fritos no lugar de pão.

Em todas as refeições, a bebida é o chá (suutei tsai), feito com água, leite de iaque e erva indiana. Às vezes, se acrescenta manteiga.

Nas cidades, as opções são mais amplas, mas vegetarianos continuam tendo poucas alternativas de alimentação.

Parecidas com o pastel de feira brasileiro, as empanadas são fáceis de encontrar. Fervidas ("barsh"), ao vapor ("buzz") ou fritas ("khuushuur"), geralmente vêm recheadas de carne. Frutas e verduras são raras, e o arroz, à diferença de outros países asiáticos, não é o pão nosso de cada dia.

Em Ulan Bator, que recebe cada vez mais estrangeiros ligados ao "boom" da mineração, já é possível encontrar várias cozinhas internacionais, da italiana à coreana.

ULAN BATOR

Com trânsito caótico, ar poluído e em ritmo frenético de crescimento, Ulan Bator concentra quase metade da população da Mongólia e exibe o oposto da calma que a maioria dos turistas procura no país. Mas é quase uma parada obrigatória por concentrar quase todos os voos internacionais que operam no destino.

Sendo inevitável pernoitar nessa cidade, a melhor forma de passar o tempo é no entorno da praça Sukhbaatar, onde está a imponente estátua de Gêngis Khan, o legendário guerreiro mongol que, depois de unificar o país, criou o maior império mundial de todos os tempos, controlando desde a Coreia, no leste, até a Ucrânia, na Europa. Até hoje, esse líder é objeto de veneração no país.

Dali, é possível caminhar até as atrações culturais, como o Museu Nacional de História e o peculiar Museu das Vítimas da Repressão Política, que guarda as tristes lembranças do período sob a dominação soviética, encerrado em 1990, que deixou profundas marcas no país, mudando a arquitetura e impondo o uso do alfabeto cirílico.

Na frente da praça Sukhbaatar está a avenida da Paz, que concentra boa parte da rede hoteleira e, também, os restaurantes.

O traslado do aeroporto até a cidade é um capítulo à parte. Os táxis voam baixo na rodovia de acesso e, no final, costumam aplicar um golpe em que aumentam o preço inicial, alegando, sem vergonha alguma, que o valor dado inicialmente é por pessoa.


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