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Não é preciso curso especial para guiar a F12, só uma boa dose de juízo

Mais potente das Ferrari aspiradas, Berlinetta tem 740 cv; preço começa em R$ 2,4 milhões

Diferencial eletrônico e sistema de frenagem assistida do esportivo ajudam até 'pilotos' mais inexperientes

JERRY GARRET DO “NEW YORK TIMES”

Se alguém considerar a F12 Berlinetta como simplesmente o mais recente cupê da Ferrari, não terá percebido o significado do carro. A carroceria é apenas a embalagem do presente: o poderoso motor dianteiro de 12 cilindros.

A F12 substitui a 599 GTB e assume o papel de principal modelo GT (Gran Turismo) da marca italiana. Mas isso não significa que a novata é uma "macchina" adaptada apenas a percursos de alta velocidade.

Ao volante de uma F12 vermelha, encarei estradas antigas da região de Emilia-Romagna, coração agrícola da Itália. O asfalto decrépito e as ondulações causadas por terremotos representavam um percurso difícil para modelos Ferrari anteriores, como a 250 GT 1957 que guiei recentemente em um rali de tributo à histórica prova europeia Mille Miglia.

PURISTAS

A missão dos motores de 12 cilindros da Ferrari sempre foi propiciar potência bruta, claro, mas o conjunto da nova Berlinetta foi concebido para atingir indicadores mais sutis: facilidade de uso cotidiano e uma redução de 30% no consumo de combustível.

Mas será que essas são motivações relevantes para os puristas?

Não é necessário treinamento especial para dirigir a F12 em estradas de tráfego intenso. Mas quando uma oportunidade de ultrapassagem se apresenta, apertar o acelerador desperta imediatamente o Michael Schumacher interior de qualquer motorista.

Aí o V12 parece fazer o carro disparar em uma largada atlética, e o veículo ultrapassado rapidamente diminui no retrovisor.

340 KM/H

Dentro da cabine, o rugido do escapamento se torna mais intenso à medida que o motor de 740 cv se aproxima da rotação máxima de 8.250 rpm --coisa de F-1.

A 599 GTB Fiorano também era capaz de produzir momentos mágicos, mas não era tão rápida. Na F12, atingir os 100 km/h requer 3,1s, de acordo com o fabricante, sem qualquer ajuda de turbo ou compressor.

A Berlinetta é ainda 45 kg mais leve e tem centro de gravidade mais baixo, o que resulta em respostas precisas aos comandos do volante. Há mais, porém listar todas engenhocas disponíveis confundiria até James Bond.

Graças a um cardápio de recursos eletrônicos, entre os quais controle de oscilação, diferencial eletrônico e sistemas de frenagem assistida, um motorista com treinamento básico em uma escola de direção de alta performance será capaz de conduzir uma F12 com razoável confiança.

O conforto dos passageiros também merece cuidado. Os assentos podem ser solicitados em quase qualquer tamanho e configuração de materiais, texturas e cores. Também há malas e sacolas de golfe que combinam com o estofamento, um dos opcionais do cupê cujo preço começa em R$ 2,4 milhões.


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