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Sedãs ecológicos buscam espaço nos EUA

Em versões híbridas "plug-in", Ford Fusion e Honda Accord podem ser abastecidos com eletricidade e gasolina

Modelos podem atrair motoristas que rejeitam os veículos elétricos por motivos como a autonomia limitada

BRADLEY BERMAN DO NEW YORK TIMES

Para a maioria dos norte-americanos, a eletricidade pode ser uma ótima fonte de energia para carros esportivos exóticos da Califórnia ou minúsculos veículos japoneses, mas não serve para sedãs familiares.

Então, o que pensar de modelos como o Ford Fusion e o Honda Accord, que de repente começaram a oferecer tomadas e pacotes de baterias? São dois modelos convencionais, mas que receberam recentemente versões híbridas "plug-in". Ou seja: podem rodar com gasolina ou eletricidade e ser reabastecidos no posto de combustível e na tomada.

Essa combinação pode tornar aceitável a propulsão por bateria para os motoristas que rejeitam os veículos elétricos por motivos como seu alcance limitado.

CARGA TOTAL

Quando o conjunto de baterias do Ford Fusion está completamente carregado - o que requer cerca de duas horas e meia ligado em uma tomada de 240V -, o motorista pode invocar o lado elétrico e suave do carro.

Um botão localizado perto da alavanca de câmbio ativa o modo "EV Now", que usa quase que exclusivamente a bateria para mover o carro. Foi possível rodar por 58 quilômetros com um carro de 1.776 quilos sem usar uma gota de combustível. O sedã desliza pelas ruas, e a aceleração nas rampas de acesso a vias expressas é adequada.

Usando o motor 2.0 a gasolina junto com o motor elétrico, a potência do carro salta para cerca de 190 cv. É como se ele ficasse duas vezes mais forte. A autonomia combinada é de aproximadamente 990 quilômetros.

A Ford aperfeiçoou a transição entre os modos 100% elétrico e híbrido, e os passageiros têm poucas indicações sobre o momento em que ela acontece.

Mas apesar de o Fusion Energi ser um carro agradável de dirigir com consumo da ordem de 40 km/l, os engenheiros não encontraram um bom lugar para o conjunto de baterias. Elas ficam entre o banco traseiro e o porta-malas, reduzindo o espaço disponível para bagagens.

O Honda Accord Plug-In tem o mesmo problema de pouco espaço do porta-malas e não oferece modo de acionamento exclusivamente elétrico. Nesse aspecto, é comparável a híbridos convencionais como o Toyota Prius.

A combinação de potência e economia de combustível é impressionante. O Accord Plug-In Hybrid fez 20,8 km/l em três dias e 300 quilômetros de testes pelas estradas do sul da Califórnia, um período durante o qual o acesso a tomadas de recarga foi restrito.

Com um consumo classificado pela EPA (agência regulatória norte-americana responsável pelas questões que envolvem o meio ambiente) em 48,9 km/l, o Accord Plug-In é o sedã mais econômico do mercado norte-americano.

Isso pode ser o argumento decisivo para alguns compradores, mas outros concluirão que o estilo da carroceria, que não desperta emoções, é motivo suficiente para procurar outro carro.

O Accord é um carro com cara mais genérica. Seu interior traz cromados de diferentes tons, e os mostradores do painel parecem antiquados -o que não ajuda em nada um carro de alta tecnologia.

As calotas adotadas para melhorar a aerodinâmica do Accord Plug-In lembram as de modelos populares. O chaveiro do carro testado estava com defeito, e o controle não abria o porta-malas automaticamente.

O honda "plug-in" é o primeiro a usar o sistema híbrido de dois motores da Honda. Calibrar esse tipo de sistema para funcionar com suavidade requer uma ou duas gerações de lançamentos, e a Honda ainda não chegou lá.


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