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Fusca venceu rival feito de madeira compensada

DO "GUARDIAN"

Ferdinand Porsche era um alemão nascido na Boêmia que havia trabalhado no desenvolvimento de carros de luxo e de tratores para artilharia pesada.

Porsche conseguiu rastejar para o poder do modo mais desprezível, e de alguma forma preservar a aparência de que era apenas um tecnocrata apolítico.

Ele explorou a diretiva de Hitler quanto a um carro popular para canalizar imensos recursos à construção de uma fábrica ao estilo Ford no norte da Alemanha.

Inaugurada por Hitler em março de 1938, a fábrica estava se preparando para produzir o novo veículo de Porsche sob o nome de "carro força pela alegria", ou KdF-wagen. A KdF, Kraft durch Freude, era uma organização nazista de promoção do lazer e do turismo.

Uma grande campanha de publicidade, que o livro descreve brilhantemente, atraiu mais de 250 mil poupadores que pagaram adiantado pelo veículo, antes do início da guerra, todos os quais terminaram cruelmente decepcionados quando o aço teve de ser desviado para outros fins.

A Volkswagen foi salva pelo Exército. A carroceria do Fusca foi descartada e o chassis foi reforçado para a produção de dezenas de milhares de Kübelwagen, o equivalente alemão do jipe.

A frente oriental e o deserto líbio se provaram laboratórios ideais para resolver os pequenos defeitos do carro e torná-lo robusto, um dos motivos para a afeição que viria a atrair no mundo.

O livro está repleto de material interessante e variado. Um dos melhores trechos mostra como o Fusca aniquilou os seus rivais surgidos nos anos 50, como o Glas Goggomobil e o divertido Borgward Lloyd 300, feito de compensado de madeira montado sobre uma base de madeira sólida, e acionado por um motor de dois tempos, o que lança luz muito diferente da usual sobre a suposta competência inabalável da indústria automobilística alemã.

É uma vergonha, portanto, que "The People's Car" termine com uma repetição de estatísticas e relatos sobre convenções de entusiastas do Fusca.


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