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Valente, novo Vogue chega em fevereiro
Utilitário esportivo esbanja luxo e capacidade "off-road", mas custará o equivalente a vinte carros populares
Range Rover Vogue 2013 custará cerca de R$ 500 mil e terá motores 4.4 V8 a diesel ou 5.0 V8 a gasolina
"Brasil? Neymar?", indaga o sorridente vendedor de tapetes de um vilarejo ermo. "Eu adoro os brasileiros porque eles compram como os norte-americanos compravam há dez anos", completa.
Até no Marrocos se percebe a importância do mercado brasileiro. Não por acaso, jornalistas do país estavam entre os primeiros convidados da Land Rover para conhecer a nova geração do Vogue. A Folha avaliou por cerca de 500 km as duas versões que chegam às lojas fevereiro. Preço? Cerca de R$ 500 mil.
A capacidade de arranque do modelo com 5.0 V8 Supercharged a gasolina (510 cv) impressiona. O carro entra em movimento com tanta disposição que nem parece ter quase cinco metros de comprimento. A opção 4.4 V8 turbodiesel é mais modesta: tem "apenas" 339 cv e muito torque em baixa rotação. Ambas usam um câmbio automático de oito velocidades.
Uma dieta a base de muito alumínio na carroceria garantiu uma redução de peso de até 420 kg, dependendo da versão. Segundo a Land Rover, a cada 100 kg a menos, o consumo de combustível do modelo diminui 2%.Mesmo assim, o jipão renovado pesa2,3 toneladas.
Nos arredores da cidade litorânea de Essaouira, o Range Rover Vogue transpôs as dunas da costa marroquina com facilidade.
Basta tocar em um botão no painel para que a suspensão seja elevada. O sistema de tração Terrain Response entra no novo modo automático para cruzar o deserto ou trechos com pedras e lama.
Na cordilheira do Atlas, há cerca de 3.000 metros de altitude, a eletrônica só não segura o frio na barriga. Câmeras que mostram as rodas e o ângulo de ataque maior ajudam a sair dos buracos.
SILÊNCIO
O Vogue também foi bem no asfalto da rodovia de acesso a Marrakech. A suspensão pneumática garante a estabilidade: o Vogue fez curvas como um sedã.
Apesar do tamanho, o bom ângulo de giro permite circular entre camelos e táxis velhos no caótico mercado local. Na cabine, silêncio. O revestimento é eficiente e os vidros são duplos.
O acabamento é de alto nível, mas a fartura de equipamentos polui o console central. Nas versões com entretenimento individual nos assentos traseiros, há controles elétricos e massageadores nos bancos. Porém, perde-se o lugar do quinto passageiro. Não se pode ter tudo...
